“A bancada da Fretilin propõe ao parlamento nacional que se aprove uma resolução de solidariedade internacional”, refere a declaração do partido, líder da oposição timorense, apresentada durante a sessão.

Na declaração, a Fretilin defende que a resolução deve apelar ao cessar-fogo em Gaza e para que as “organizações internacionais competentes atuem de forma a prestar todo o apoio humanitário e político necessário e urgente para assistência a todas as vítimas do conflito” e a busca de uma solução que “garanta o reconhecimento digno de todos os cidadãos e povos”.

Na sua intervenção, a Fretilin recordou que Timor-Leste sempre defendeu e apoiou a “solução de dois estados, através do reconhecimento do Estado de Israel e do Estado da Palestina”.

A 07 de outubro, combatentes do Hamas — desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel — realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 13.300 mortos, na maioria civis, e mais de 30.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.