“Temos que estar alerta”, a política “não se faz com silêncios” nem a “fingir que as coisas não acontecem” e a “meter a cabeça na areia” foram frases ditas por Eduardo Ferro Rodrigues, na receção aos chefes de missão diplomática portuguesa, na Assembleia da República, em Lisboa.
Um dia depois de ter prometido, na segunda-feira à noite, num jantar com deputados do PS, que vai usar a Constituição e o regimento para travar populismos contra o parlamento, Ferro Rodrigues até usou um tom brincalhão para dizer que não ia voltar ao tema.
“Também não vou falar sobre populismos. Já falei sobre isso ontem [segunda-feira] duas vezes. Dá a impressão que… de ser um maluquinho dos populismos, mas temo que, efetivamente, alguma coisa de grave se possa vir a passar na Europa e noutros países, entre os quais Portugal”, afirmou.
Insistiu que é preciso “estar alerta” e avisou que é contra a ideia de que “a melhor maneira de fazer política é o silêncio, fingir que as coisas não acontecem, meter a cabeça na areia e deixar que as coisas passem”.
“Não. Acho que, quando há sinais como aqueles que foram dados na entrevista de um dos chefes ideológicos e política da extrema-direita americana [Steve Bannon] no Expresso todos devemos estar atentos e não levar a brincar estas questões”, afirmou, numa receção onde estava o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, diplomatas e deputados à Assembleia da República.
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