A notícia foi avançada este sábado pelo Público. Este verão abriram 60 vagas e não há um único candidato. O jornal acrescenta que a existe também escassez de enfermeiros.
Paulo Morgado, da Autoridade Regional de Saúde (ARS) do Algarve, em declarações à RTP3, salienta que não consegue ter mecanismos para obrigar os médicos a irem para região, apesar dos incentivos para a mudança, como ter alojamento e deslocações pagas.
"As pessoas muitas vezes não saem da sua zona de conforto. E isto é um regime voluntário", afirmou, para depois sublinhar que não se trata de um concurso, mas sim de um despacho de mobilidade temporária. A solução? Recorrer a empresas externas.
"Uma boa parte destas situações são colmatas por prestadores de serviços. É assim que funciona. Não apenas no verão, mas durante todo o ano", explicou Paulo Morgado à estação pública.
Já no ponto de vista do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), o que se passa é uma situação de propaganda do Governo.
"Este concurso falhou como falhou o do ano passado, como falhou o de há três anos, como falhou há dez anos. O modelo não serve. O Ministério da Saúde devia de estar mais preocupado em encontrar soluções do que exclusivamente de ter uma manobra propagandística porque já sabia que este concurso ia falhar", afirmou Jorge Roque da Cunha, em declarações à RTP.
O sindicalista fala em falta de investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) no Algarve — fator que não atrai os profissionais — e diz que é necessário criar condições específicas para atrair pessoal para a região. Mais, dá enfatiza que é preciso trabalhar de outra forma, pois da maneira atual o problema só terá tendência em persistir.
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