Admitindo que os resultados “à boca das urnas” não vão permitir ao Livre eleger deputados para o Parlamento Europeu (PE), Rui Tavares afirmou que as indicações provisórias “são muito encorajadoras para as legislativas de outubro”.
“A prosseguirem desta forma, claramente existe a possibilidade forte de eleger, em outubro, não só um deputado, como, provavelmente dois, no distrito de Lisboa”, indicou o primeiro candidato do Livre, uma vez que “as eleições estão aí à porta”.
O também fundador do Livre salientou que “há uma perceção geral de que o Livre trouxe a Europa” às eleições europeias, mas que “se voltou a verificar, de um ponto de vista mais superficial”, que os partidos que “elegeram para o PE são os mesmos que estão na Assembleia da República”.
“Esse é um problema que esperamos resolver em outubro”, frisou.
Rui Tavares admitiu também “alguma resistência” em comentar as projeções televisivas que preveem uma abstenção entre 65% e 70,5%.
“Detesto a hipocrisia dos partidos do sistema que não falam de abstenção durante cinco anos seguidos e depois falam de abstenção dando umas palavras absolutamente de rotina”, explicou o candidato, acrescentando que a abstenção “é um tema para se tratar durante todo o tempo de uma legislatura”.
Para o cabeça de lista do Livre, combater a abstenção faz-se “dando informação, para o bem e para o mal” sobre qual a influência da União Europeia em Portugal.
“Os partidos que vemos chorar lágrimas de crocodilo sobre a abstenção são os partidos que não falaram sobre a Europa na campanha eleitoral e que só falaram quando, a certa altura, o facto de não falarem [sobre temas europeus] gerou escândalo”, concluiu.
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