Em declarações aos jornalistas, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que durante este período a sua agenda se resume a "poucos, poucos" atos públicos "e que não interferem minimamente na campanha eleitoral".
O chefe de Estado, que explicou hoje a opção de se manter em silêncio sobre a ameaça de demissão do Governo caso fosse aprovada contagem integral do tempo de serviço dos professores, cenário entretanto afastado, avisou que continuará sem abordar esse e outros temas que estão em debate na campanha.
"Eu não me pronunciei sobre aquilo que aconteceu nesse período, não me vou pronunciar agora", afirmou.
Interrogado sobre as consequências desta crise para a oposição, o Presidente da República respondeu: "Como imaginam, eu não vou comentar agora, em pleno período de campanha eleitoral, a realidade partidária".
O chefe de Estado escusou-se a revelar se teria ou não vetado a contagem integral do tempo de serviço dos professores, caso o parlamento a tivesse aprovado em votação final global, e se ou não teria convocado eleições legislativas antecipadas.
Marcelo Rebelo de Sousa confirmou que já recebeu o diploma do Governo que estabelece a recuperação parcial do serviço para outras carreiras da Administração Pública, aprovado em Conselho de Ministros no início de abril.
"Sim, tenho esse diploma. Penso que o prazo para decidir termina logo a seguir às eleições, ainda não tomei nenhuma decisão", disse.
Questionado sobre a necessidade ou não de uma revisão das carreiras dos professores e de outras profissões da Administração Pública, Marcelo Rebelo de Sousa recusou comentar agora esse assunto: "Estamos em período de campanha eleitoral. Tudo o que eu diga sobre esse tipo de matérias, neste momento, é interferir num dos temas em debate na campanha eleitoral".
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