No momento em que o secretário de Estado, Rex Tillerson, fazia este anúncio, que parece amenizar a posição de Washington, o dirigente norte-coreano Kim Jong-Un alimentou a guerra de palavras dos últimos meses, ao divulgar a sua intenção de fazer do seu país “a potência nuclear e militar mais forte do mundo”.
Até agora, o governo de Donald Trump afirmara sempre que eventuais futuras negociações com a Coreia do Norte só se poderiam realizar na condição de terem como objetivo a desnuclearização da península coreana.
“Não é realista afirmar ‘só discutimos com vocês se vierem para a mesa das negociações dispostos a abandonar o vosso programa'” nuclear, afirmou na terça-feira Tillerson, durante uma conferência em Washington.
A propósito do desenvolvimento de mísseis intercontinentais e armas nucleares pelo regime de Pyongyang, respondeu que “eles já investiram muito”.
“Estamos prontos a discutir desde que a coreia do Norte queria discutir. Estamos prontos a ter uma primeira reunião sem qualquer condição prévia. Reunamo-nos. Falemos do tempo, se quiserem, ou discutamos se é preciso uma mesa redonda ou quadrada, se vos der prazer. Mas, pelo menos, encontremo-nos cara a cara e comecemos a definir um guião sobre o que queremos fazer”, declarou.
No passado, Tillerson já foi repreendido publicamente por Trump, depois de ter mencionado a existência de “canais de comunicação” para “sondar” as intenções de Kim Jong-Un, com vista a um eventual diálogo.
“Ele (Tillerson) está a perder o seu tempo a negociar”, criticou Trump, em outubro, em uma das suas mensagens na rede social Twitter.
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