
Os CTT acusaram a jurista e ex-deputada socialista, Ana Gomes, de ter um "total desconhecimento do processo e envio de boletins para os portugueses residentes no estrangeiro e da responsabilidade dos CTT no mesmo".
O esclarecimento, enviado às redações, acontece na sequência das declarações feitas por Ana Gomes, num espaço de comentários à noite eleitoral na SIC Notícias, onde a ex-eurodeputada afirmou que "os boletins de voto não chegam aos emigrantes” por responsabilidade dos CTT, que são “um cancro”.
A empresa recusa fazer qualquer comentário "sobre a comparação" que Ana Gomes faz "dos CTT com uma doença que afeta e mata milhares pessoas".
No entanto, os CTT consideram importante clarificar a "falta de informação" no que toca ao processo de votação.
A empresa, que assegura o envio dos boletins para o estrangeiro desde que as eleições passaram a contemplar o voto dos emigrantes, afirma que "desde a implementação do recenseamento automático dos emigrantes", se tem verificado que os volumes, a abrangência e a complexidade do processo têm aumentado significativamente.
"Não é verdade que os boletins não chegam", garante a empresa que remete eventuais problemas para casos em que os "objetos postais são passados aos operadores designados de países terceiros".
"De referir que estes problemas, a existir, ocorrem em alguns países em que, ao contrário do que acontece em Portugal com os CTT, os correios locais não se encontram sequer obrigados a prestar garantias de serviço", acrescenta.
O prazo para receção dos boletins de voto dos eleitores emigrantes termina daqui a sete dias e as estimativas dos CTT - "considerando o ritmo diário de receção" - é que o número final de votos realizados por esta via "se aproximará do registado no ato eleitoral de 2024".
"Os CTT cumprem e até excedem aquelas que são as suas responsabilidades, num processo colaborativo com o MAI e o MNE – de que estes poderão dar testemunho –, para garantir o acesso atempado ao voto por parte dos emigrantes portugueses no estrangeiro, compromisso que a empresa assume com todo o rigor e competência desde que se fazem eleições em Portugal com esta modalidade de voto", remata o comunicado.
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