O anúncio foi feito durante a 3.ª Mesa Nacional de Mobilidade Humana, que teve lugar no Palácio de Najas, e abrange as províncias de Carchi, Pichincha e El Oro.
Num comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Equador explica que a decisão teve o aval de todas as entidades de Governo, provincial e municipal, equatoriano, e do sistema das Nações Unidas, após uma avaliação da situação dos fluxos não usuais de cidadãos.
"Isto permitir-nos-á fazer ações que são importantes no quadro da migração venezuelana e aplicar os recursos com flexibilidade, dentro de um quadro de transparência, que permitam que estas três províncias articulem esforços internos para poder continuar a solucionar esta situação", adianta o comunicado, citando Santiago Chávez.
Por outro lado, as autoridades equatorianas preparam uma reforma integral da atual Lei de Mobilidade e do seu regulamento, cujo projeto será apresentado nas próximas semanas ao parlamento do país.
"Este tema é importante, o fundamental é que deve conter um equilíbrio entre a proteção dos direitos e da segurança", sustenta.
A 3.ª Mesa Nacional de Mobilidade Humana tem como tema a Segurança com enfoque nos direitos humanos e, durante os trabalhos, foi debatida a aplicação do "visto eletrónico" para facilitar a obtenção, verificação e análise da informação das pessoas que o solicitem.
Segundo o subsecretário de serviços migratórios do Equador, Carlos Velástegui, trata-se de um sistema que está atualmente em vigor em 23 países, entre eles México e Argentina.
O objetivo do Equador ao integrar o sistema é o de "otimizar os serviços consulares, devido ao massivo fluxo de migração venezuelana".
Segundo dados locais, desde o passado mês de janeiro, mais de 640.000 venezuelanos entraram no Equador, dos quais 18% optaram por radicar-se nesse país.
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