As forças curdas, que proclamaram em março de 2019 a derrota do “califado” do EI, detêm vários milhares de ‘jihadistas’, incluindo ocidentais, feitos prisioneiros durante as batalhas contra o grupo radical, que contaram com o apoio da coligação internacional dirigida pelos Estados Unidos.
As libertações ocorrem após um pedido e “garantias” dadas por chefes tribais sírios, explicou à agência France Presse um porta-voz das autoridades curdas, Kamal Akef.
Uma lista de 300 pessoas foi apresentada às autoridades curdas, que analisam cada um dos casos antes de decidir qualquer libertação, adiantou.
“Mais de 30 pessoas foram libertadas a 5 de janeiro e nos próximos dias outros serão libertados”, indicou Akef, precisando que estes detidos são originários da província de Deir Ezzor (leste) ou de Raqa (norte).
“Eles não estavam a ser julgados, foram só investigados”, sublinhou.
Akef insistiu que “os que foram libertados não têm as mãos sujas de sangue e não foram acusados de crimes”, adiantando que alguns juntaram-se ao EI porque foram obrigados pelos ‘jihadistas’ ou para garantir a subsistência.
As Forças Democráticas Sírias (FDS, aliança curda e árabe) conquistaram em março de 2019, com o apoio de Washington, o último bastião ‘jihadista’ em Baghouz, no leste sírio.
No início de março de 2019, perto de 300 sírios acusados de pertencerem ao EI foram libertados, segundo a administração semi-autónoma curda, após um pedido de chefes tribais e de figuras locais.
As autoridades curdas também lançaram iniciativas semelhantes para fazer sair famílias sírias dos campos de deslocados sobrelotados, onde se encontram civis que fugiram dos combates e familiares dos ‘jihadistas’.
A guerra na Síria, desencadeada em 2011 com a repressão por Damasco de manifestações pró-democracia, já causou mais de 380.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.
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