O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o seu Governo vai adicionar Moçambique, Maláui e Zâmbia à lista de países com critérios de entrada mais rígidos, enquanto a Coreia do Sul vai restringir a emissão de vistos para viajantes da África do Sul — onde a variante Ómicron foi detetada inicialmente – e de outros sete países vizinhos.
Os viajantes que chegam ao território japonês e que estiveram recentemente nesses nove países passam a ser obrigados a uma quarentena obrigatória de 10 dias num centro governamental e devem passar por três testes de PCR para detetar a presença do vírus nesse período.
O Japão está com níveis baixos de novas infeções diárias com o novo coronavírus e ainda não detetou um único caso com a nova variante.
Estes dois países asiáticos procuram assim replicar as medidas de contenção que países em diversos continentes estão a desenvolver para travar a disseminação de uma variante que a Organização Mundial de Saúde (OMS) já descreveu como “preocupante”, pelo seu elevado nível de contaminação.
Na Europa, a nova variante já foi detetada em países como a Bélgica e o Reino Unido e hoje os Países Baixos anunciaram que estão a tentar localizar cerca de 5.000 pessoas que chegaram na semana passada de um país da África Austral, enquanto investigam se um total de 61 pessoas com teste positivo à chegada da África do Sul são portadores da Ómicron.
O objetivo das autoridades neerlandesas é submeter todos os 600 passageiros que chegaram na sexta-feira em dois voos da África do Sul — de Joanesburgo e da Cidade do Cabo — e que aterraram no aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, a exames sanitários rigorosos.
As pessoas com teste positivo de covid-19 devem cumprir quarentena obrigatória de pelo menos sete dias, se apresentarem sintomas, e pelo menos cinco dias, se estiverem assintomáticos, enquanto os passageiros com resultado negativo devem isolar-se por cinco dias.
A covid-19 provocou pelo menos 5.180.276 mortes em todo o mundo, entre mais de 259,46 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante (Ómicron) foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o “elevado número de mutações” pode implicar uma maior infecciosidade.
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