O relatório do Ministério da Saúde espanhol aponta para um aumento em 248 pontos da incidência acumulada de covid-19, para 1.508 casos em 14 dias.

Desde terça-feira, adianta a mesma fonte, foram registadas 82 mortes devido ao coronavírus, o que reflete que os contágios continuam a aumentar na chamada ‘sexta vaga’, mas a pressão hospitalar é contida, com a ocupação nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) a ser de 19,1% (quatro décimas acima de terça-feira).

As UCI da região da Catalunha são as que registam maior ocupação e quase duplicam a média nacional (37,5%), seguidas das do País Basco (26,2%), Comunidade Valenciana (25,6%) e Castela e Leão (24,8%).

No extremo oposto, estão as regiões da Extremadura, com 4,6%, e da Galiza, com 6,2%.

No que à transmissão do vírus diz respeito, Madrid é a região com maior número de novos casos positivos nas últimas 24 horas, com 16.612 (395 menos que no dia anterior). O País Basco surge em segundo lugar, com 7.179 novos casos positivos nas últimas 24 horas (1.198 mais do que no dia anterior).

No caso da incidência, Navarra surge em primeiro lugar, com 3.236,5 casos por cada mil habitantes em 14 dias.

Na última semana morreram 271 pessoas, com a Comunidade Valenciana a registar o número mais elevado de óbitos (47), seguida da Andaluzia (29).

A taxa de positividade em testes de diagnóstico continua elevada, até 20,3%, muito superior aos 5% estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como indiciador para estabelecer que a pandemia está controlada, segundo dados citados pela agência de notícias espanhola EFE.

Espanha é o terceiro país europeu a reportar o maior número de novos casos positivos num dia, superado por França, com 179.807 contágios, e pelo Reino Unido, que soma 129.471.

Entretanto, o Governo espanhol decidiu hoje reduzir a duração do período de quarentena das pessoas que testam positivo à covid-19, para sete dias, em vez dos anteriores dez.

Esta medida, de acordo com o primeiro-ministro Pedro Sanchez, visa atingir um equilíbrio entre “saúde pública” e “crescimento económico”.

De acordo com a ministra da Saúde, Carolina Darias, a medida é também justificada pela constatação de “um período de incubação inferior no caso da variante Ómicron em relação a outras variantes”, segundo alguns especialistas.

Esta redução do período de isolamento afeta apenas as pessoas que estejam assintomáticas ao sétimo dia, explicou a governante.

A covid-19 provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.