Com uma trajetória de sucesso no teatro, na televisão e no cinema do Brasil, Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros começou a ganhar visibilidade, aos 26 anos, em 2004, ao participar no elenco da peça “Surto”, na qual interpretou, pela primeira vez, a famosa personagem "Dona Hermínia", que se tornou num marco na carreira e foi inspirada na mãe do ator.
Dois anos depois, deu-se a estreia nos palcos de “Minha mãe é uma peça”, um êxito no teatro e adaptada ao cinema em 2013.
Os três filmes de “Minha mãe é uma peça” venderam, no total, mais de 26 milhões de bilhetes no cinema entre 2013 e 2020, de acordo com a imprensa brasileira.
A sequela "Minha mãe é uma peça 3" tornou-se no maior êxito de bilheteira da história do cinema brasileiro, ao arrecadar 143,9 milhões de reais (21,9 milhões de euros).
Nascido em Niteroi, na área metropolitana do Rio de Janeiro, o ator destacou-se ainda nos filmes “Minha Vida em Marte” (2018) e “Os Homens São de Marte... e é para lá que eu vou” (2014).
Vários artistas brasileiros lamentaram a morte do ator, como o músico Caetano Veloso que, numa mensagem na rede social Instagram, referiu a abertura de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre a covid-19 no Senado brasileiro.
"Paulo Gustavo é a expressão da alegria brasileira (...) É significativo que a notícia de que o perdemos chegue no dia em que se abre a CPI da covid no Senado Nacional", escreveu.
"O povo brasileiro, que encheu os cinemas para rir com Paulo Gustavo, está de luto. E deve revoltar-se contra os responsáveis por nossa vulnerabilidade frente à pandemia que nos tirou essa pessoa amada por representar nossa vocação para o sim", concluiu Caetano Veloso.
Também a cantora Daniela Mercury usou as redes sociais para destacar a luta de Paulo Gustavo "pelos direitos humanos" e salientar o "ser humano e artista maravilhoso".
Paulo Gustavo deixou dois filhos menores que teve, num processo de barriga de aluguer, com o marido, o médico Thales Bretas.
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