![César Boaventura condenado a três anos de prisão com pena suspensa na Operação Malapata](/assets/img/blank.png)
Ao todo César Boaventura estava acusado de dez crimes, mas só três foram provados verdade. Foram julgadas as falsificações de contrato do jogador Gedson Fernandes e certidões de empresas e César Boaventura foi condenado a três anos de prisão.
De acordo com o Público, a única declaração do empresário foi com ironia: "Parece que a montanha pariu um rato", afirmou. O advogado, José Catarino, diz que ainda não pode adiantar informação sobre um possível recurso e que a defesa terá de analisar o acórdão.
O juiz que presidiu ao julgamento destacou contradições de testemunhas nas várias fases do processo, que levaram a maior parte das acusações a cair. Em relação ao crime de fraude fiscal, o arguido tem agora de devolver o valor total de 36 mil euros com transferências a cada seis meses.
"Queria que ficasse com esta ideia. Não consigo falar do que não é provado, mas tendo em conta tudo o que vi e li, acho que o senhor devia fazer uma inflexão no seu modo de actuação. Se não o fizer, pode ter dissabores ainda maiores", alertou o juiz.
O juiz criticou ainda a obscuridade do mundo do futebol e brincou com os casos julgados: "Não sei se estas pessoas lhe metiam dinheiro na mão com a esperança de que você encontrasse o próximo Ronaldo".
Os restantes quatro arguidos foram absolvidos.
Do que foi acusado César Boaventura?
No seguimento da Operação Malapata, empresário foi acusado de cinco crimes de burla qualificada, três de falsificação documental, um de fraude fiscal e um de branqueamento de capitais.
O contrato falsificado de Gedson Fernandes é o mais grave. O jogador garantiu em tribunal nunca ter assinado o documento e o juiz alertou para a diferença das assinaturas, considerando os documentos empresariais "falsos grosseiros".
Em fevereiro, César Boaventura foi condenado de forma cumulativa a três anos e quatro meses de prisão, com execução suspensa, por três crimes de corrupção ativa no futebol.
O tribunal de Matosinhos deu como provado o aliciamento aos ex-jogadores do Rio Ave Cássio, Marcelo e Lionn para que facilitassem num desafio com o Benfica, na temporada 2015/16, a troco de contrapartidas financeiras e contratuais, mas ilibou o empresário do crime de corrupção em forma tentada ao antigo guarda-redes do Marítimo Romain Salin.
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