O "Madleen", um veleiro da Coligação da Flotilha da Liberdade (FFC, na sigla em inglês), partiu no domingo da Sicília em direção a Gaza para fornecer ajuda humanitária e "romper o bloqueio israelita" imposto ao território palestiniano, que segundo a ONU está ameaçado pela fome.

"Estamos a navegar ao longo da costa egípcia", declarou à AFP a ativista alemã de direitos humanos Yasemin Acar. "Estamos todos bem", acrescentou.

Num comunicado publicado em Londres, o Comité Internacional para Romper o Cerco a Gaza, uma organização que integra a FFC, informou que a embarcação tinha entrado em águas do Egito, vizinho da Faixa de Gaza.

Qualquer interceptação do veleiro constituiria "uma violação flagrante do direito internacional humanitário", afirmou o comité, que informou estar em contacto com instâncias jurídicas internacionais para garantir a segurança das pessoas a bordo.

A guerra na Faixa de Gaza começou após um ataque sem precedentes em território israelita, executado em 7 de outubro de 2023 por integrantes do movimento islamista palestino Hamas.

Em represália, Israel iniciou uma ofensiva devastadora na Faixa de Gaza. Em 2 de março, Israel impôs um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

A Coligação da Flotilha da Liberdade, fundada em 2010, é um movimento internacional não violento de solidariedade com os palestinianos que exige o fim do bloqueio à Faixa de Gaza por razões humanitárias e políticas.

O "Madleen" transporta "sumos de fruta, leite, arroz, conservas, barras de proteínas oferecidas por centenas de cidadãos de Catânia", escreveu o jornalista Andrea Legni, que está a bordo.

No início de maio, um barco da FFC que esperava partir de Malta rumo à Faixa de Gaza sofreu danos. Os ativistas disseram suspeitar de um ataque de drones israelitas.