As detenções ocorreram durante controlos feitos de forma “preventiva”, sobretudo nas estações ferroviárias de Midi e Gare Central – onde chegam muitos dos “coletes amarelos” vindos de outras localidades belgas –, não se tendo ainda registado incidentes violentos, indicou uma porta-voz da polícia de Bruxelas.
Convocada nas redes sociais, a manifestação de “coletes amarelos” tem contornos ainda indefinidos, até para a própria polícia, que não conseguiu estabelecer canais de comunicação com os organizadores da concentração, mas decidiu montar um forte dispositivo de segurança em vários pontos da cidade, e sobretudo em torno das instituições da UE, em virtude de várias convocatórias apontarem para um “protesto europeu” na rotunda de Schuman.
O quarteirão de Schuman, onde se encontram as sedes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, tem um forte cordão de segurança em seu redor, com barreiras com arame farpado e a polícia a “filtrar” todas as pessoas, incluindo residentes, que queiram entrar no alargado perímetro de segurança, pedindo-lhes identificação e revistando-as, verificou a agência Lusa no local.
Ao final da manhã, sensivelmente à hora a que estava previsto o início da concentração, grupos de “coletes amarelos” tentam chegar à rotunda de Schuman, tanto pela avenida principal como por ruas secundárias, mas todos os acessos encontram-se bloqueados pela polícia, enquanto helicópteros sobrevoam a zona.
Esta nova ação de “coletes amarelos” na capital da Bélgica e da União Europeia - que não foi autorizada, até porque não chegou qualquer pedido formal – ocorre paralelamente a um novo grande protesto que decorre em Paris, e pouco mais de uma semana depois de uma primeira manifestação em Bruxelas a “replicar” aquelas que decorrem há já mais de três semanas em França, e que ficou marcada por desacatos.
Relativamente a esse protesto de 30 de novembro passado, a polícia belga decidiu duplicar o número de efetivos que estarão nas ruas, contando hoje com 840 polícias, denominados 'robocops' – por estarem equipados com material anti-motim -, quase uma centena de agentes à civil, todos os canhões de água disponíveis e até a cavalaria.
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