
A princípio com uns apitos tímidos, depois já com um buzinão, incentivado pelo toque de um trompete, os automobilistas que passaram por aquela rotunda em hora de ponta, ao fim da tarde, foram manifestando o seu apoio à causa.
Alguns recusavam os panfletos que o MUSP entregava, pensando tratar-se de propaganda partidária mas, depois de esclarecidos, lá levavam o papel.
A envolvente, entre dois cartazes gigantes com as imagens de Pedro Nuno Santos (PS) e de Rui Rocha (IL), estrategicamente colocados naquela rotunda, davam ao ambiente um cunho pré-eleitoral.
António Nabais, da coordenação do MUSP, apressava-se a esclarecer que não era nenhum partido, mas utentes à espera da ação dos partidos.
“A gente anda há 13 anos a lutar e todos os partidos diziam que iam resolver, que era injusto, que era absurdo, que era ridículo, mas a verdade é que só ao fim de 13 anos o Parlamento chegou à conclusão que tinham que abolir portagens, mas mesmo assim ainda deixaram aqui os pórticos para cobrar as portagens”, disse.
Para aquele dirigente associativo, “a cidade de Aveiro está rodeada de portagens que têm de acabar, na A25, na A17 e na A29”, esperando o movimento que a sua voz seja ouvida e levada em conta por quem for eleito nas próximas eleições legislativas.
“Nós utentes temos esperança que acabem com as portagens que restam, e penso que também todos os responsáveis dos municípios estão a fazer força nesse sentido, e agora vamos ver o que é que o futuro nos vai trazer porque toda a gente sabe que isto realmente é ridículo, e que estas portagens são um absurdo”, concluiu.
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