Os protestos anuais, que também ocorrem no Iraque, Líbano e noutros países, ocorrem na última sexta-feira do mês do Ramadão e designam-se de “Dia de Al-Quds (Jerusalém em árabe)”.
O Irão assinala o “Dia de Jerusalém” desde que a República Islâmica foi criada em 1979 e na quinta-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros exortou em comunicado os muçulmanos em todo o mundo a manifestarem-se hoje.
“As atuais circunstâncias na Palestina e na região exigem que as nações muçulmanas e os governos mantenham a sua unidade, solidariedade e integridade contra o regime sionista (de Israel) mais do que nunca”, indica o comunicado citado pela agência Nova China.
“Os muçulmanos têm de estar vigilantes (…) e de resistir às conspirações de Israel e dos seus apoiantes”, adianta, salientando que a aplicação do ainda desconhecido plano de paz dos Estados Unidos para o conflito israelo-palestiniano constituirá “uma perda eterna para a Palestina e um grande ganho para os seus ocupantes”.
Na manifestação em Teerão foram incendiadas bandeiras israelitas e norte-americanas, assim como efígies do presidente norte-americano, Donald Trump, do secretário de Estado, Mike Pompeo, do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e de alguns líderes árabes com o saudita rei Salman (aliado dos Estados Unidos).
O genro e conselheiro do Presidente norte-americano, Jared Kushner, que trabalha há mais de um ano num plano para resolver o conflito israelo-palestiniano, encontrou-se na quinta-feira com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na perspetiva da apresentação do que Donald Trump já designou como “acordo do século”.
Os dirigentes palestinianos já disseram que rejeitam o plano, considerando que várias medidas tomadas por Trump provam uma tendência flagrante a favor de Israel, como o reconhecimento de Jerusalém como capital israelita no final de 2017.
A Casa Branca tem prevista a apresentação da componente económica do plano a 25 e 26 de junho no Bahrein.
Presentes na manifestação em Teerão, o presidente iraniano, Hassan Rohani, e o chefe da diplomacia, Mohammad Javad Zarif, ridicularizaram o plano de paz norte-americano e consideraram que terminará num fracasso.
Comentários