“As autoridades israelitas negaram o acesso ao representante apostólico do Vaticano e embaixador na Palestina, o arcebispo Adolfo Tito Yllana, um ato contrário aos protocolos diplomáticos e às convenções internacionais”, afirmou o Alto-Comissariado Presidencial para os Assuntos da Igreja da Autoridade Palestiniana em comunicado.

O texto descreve que “as forças israelitas montaram postos de controlo militares e impuseram severas restrições na Cidade Velha de Jerusalém ocupada, impedindo que um grande número de cristãos e peregrinos palestinianos chegassem à Igreja do Santo Sepulcro”.

O líder do Alto-Comissariado, Ramzi Juri, criticou as “crescentes violações da liberdade religiosa e do direito internacional” por parte das autoridades israelitas.

Juri salientou ainda numerosos registos de organizações de defesa dos direitos humanos de “ataques físicos e prisões arbitrárias de fiéis durante o dia, incluindo contra cristãos de Jerusalém”.

O Alto-Comissariado acredita que estas ações “refletem uma estratégia mais ampla para alterar a natureza religiosa e cultural” em Jerusalém ocupada.

“Este não é um incidente isolado, mas uma tentativa sistemática de judaizar a cidade, marginalizar a sua comunidade cristã e minar a identidade e a herança histórica”, acrescentou.

A entidade pede uma “intervenção internacional urgente” da ONU, das organizações internacionais de direitos humanos e de todas as instituições cristãs face ao que classificou como “medidas discriminatórias e repressivas”.