O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou hoje perante o Conselho Nacional que não tem "medo rigorosamente nenhum" que a moção de confiança à sua direção decorra por voto secreto, mostrando-se favorável a este método.
Na sua primeira intervenção aos conselheiros, na sequência de intervenções de João Almeida e Adolfo Mesquita Nunes, o líder do CDS-PP mostrou-se favorável ao voto secreto.
"Sou favorável ao voto secreto em toda a sua dimensão", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, indicando não ter "medo rigorosamente nenhum" da decisão dos conselheiros se a sua direção deve ou não continuar à frente do partido.
O CDS "não é um partido de gente traiçoeira", defendeu, acrescentando que espera ter os votos favoráveis daqueles que indicaram estar ao seu lado.
O líder centrista pediu ao presidente do Conselho Nacional que "dê sequência aos trabalhos" e "faça voto secreto".
"Estou convicto que a minha moção de confiança passará", frisou.
Na sua intervenção, Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou também para criticar o antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes, que propôs um congresso antecipado eletivo e disse que será candidato à liderança se essa reunião magna acontecer, salientando que não alterna "entre estar no partido e estar lá fora" e também não apareceu "agora para ser candidato a candidato".
Perante os conselheiros, rejeitou também estar "entrincheirado".
Cerca de 250 membros do Conselho Nacional do CDS-PP estão reunidos desde as 12:10, por videoconferência, para discutir e votar uma moção de confiança à Comissão Política Nacional apresentada pelo líder, Francisco Rodrigues dos Santos, depois de o antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes ter proposto a realização de um congresso eletivo antecipado.
Os trabalhos arrancaram à porta fechada, mas foram abertos aos jornalistas a partir das 15:45, após decisão do Conselho Nacional.
Na sexta-feira, em resposta a um requerimento da distrital de Lisboa, o Conselho Nacional de Jurisdição emitiu um parecer em que defende que "a votação de moções de confiança à Comissão Política Nacional deve ser realizada por escrutínio secreto" e indica que esta decisão "aplica-se de forma imediata a todas as reuniões do Conselho Nacional" realizadas depois de sexta-feira.
Depois de uma longa discussão sobre a forma como será votada a moção de confiança, em que os apoiantes de uma candidatura de Adolfo Mesquita Nunes defenderam que seja votada através de voto secreto, o presidente do Conselho Nacional indicou que iria colocar à consideração dos membros a decisão sobre a forma de votação da moção de confiança à comissão política nacional.
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