Os dois vogais do órgão de cúpula dos democratas-cristãos pediram a demissão, após a reunião virtual do CN que durou mais de 16 horas, desde o meio-dia de sábado, e terminou na madrugada de hoje.
“Confirmado. Se voto contra a moção dessa direção, tenho de retirar as ilações. Não posso votar a favor de um congresso e ficar. Entendo que um congresso era necessário para clarificar o rumo do partido. A moção de confiança não é suficiente para religitimar uma direção”, disse Pestana Bastos à Agência Lusa.
A outra “baixa” do dia foi a do antigo presidente da distrital do Porto da Juventude Popular, Tiago Oliveira, que também defendia um congresso eletivo antecipado.
Desde o final de janeiro, demitiram-se vários membros da direção do CDS-PP, maioritariamente afetos ao grupo Juntos pelo Futuro - cuja moção teve 14,45% dos votos no último congresso e integrou a direção após um acordo com Francisco Rodrigues dos Santos - deixando críticas à atuação da liderança.
A 28 de janeiro, o até então vice-presidente do CDS-PP Filipe Lobo d’Ávila e os vogais da Comissão Executiva Raul Almeida e Isabel Menéres Campos anunciaram que pediram a demissão dos respetivos cargos.
No dia seguinte, também os vogais da Comissão Política Nacional do CDS-PP Paulo Cunha de Almeida e José Carmo deixaram a direção, enquanto José Maria Seabra Duque e Tiago Leite saíram do gabinete de estudos do partido.
Entretanto, saíram também José Miguel Garcez, da Comissão Executiva, bem como Altino Bessa e João Medeiros, que eram vogais da Comissão Política Nacional.
Francisco Kreye, da Comissão Política Nacional e que é secretário-geral da JP desde os tempos em que Rodrigues dos Santos era presidente da organização juvenil, também deixou o posto.
A moção de confiança à Comissão Política Nacional, apresentada pelo líder foi hoje aprovada pelo Conselho Nacional com 54% de votos a favor, através de voto secreto digital por 265 conselheiros (com recurso a um método que incluiu emails, mensagens de telemóvel e códigos de segurança).
Houve 144 votos a favor (54,3%), 113 votos contra (42,6%) e oito abstenções (3%).
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