"Parece-me da mais elementar justiça exigir a Pedro Nuno Santos e a António Costa que peçam desculpas aos trabalhadores da TAP pela nacionalização desastrosa que fizeram, mas também peçam desculpas a todos os portugueses que estão a pagar o buraco da TAP", defendeu Francisco Rodrigues dos Santos, em Esposende.
A discursar na apresentação dos candidatos autárquicos àquele concelho dos distrito de Braga, o líder centrista considerou que o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, é "o ministro mais à esquerda do Governo socialista" e "o campeão dos despedimentos num Governo que bateu todos os recordes na distribuição de tachos para os boys do PS".
Francisco Rodrigues dos Santos centrou o discurso no ataque ao Governo, acusando o executivo de favorecer "amigos" e militantes: "Cada vez mais este Governo se parece com uma empresa de catering onde há sempre tachos para os amigos e para os familiares. Onde parece que constrói uma clivagem entre a sociedade do Estado e a sociedade civil e onde o elevador social só funciona para as clientelas do PS", afirmou.
Ao PS, acusou de ter a "rede de poder mais poderosa e mais influente de sempre".
"Para já porque são responsáveis por mais de 60% da nossa experiencia governativa, pelos arranjos de circunstancia que fizeram com a extrema-esquerda e pela rede de dependências que construirão à volta da máquina do Estado que controlam", referiu.
Num discurso marcado por "recados", o presidente do CDS, sem nunca referir o nome de qualquer partido ou líder partidário, salientou que "a direita está no CDS".
"O partido dos governante responsáveis, das ideias sensatas da mudança serena, da direita democrática e popular em Portugal sempre foi o CDS e nós não precisamos que outros venham reproduzir determinados segmentos do discurso e dizer que aquilo é que é a direita. A direita está aqui no CDS, sempre esteve, e nós continuamos a oferecer essas mesmas soluções às pessoas", defendeu.
O PAN e o "seu politicamente correto" foram também alvo das acusações de Francisco Rodrigues dos Santos, que acusou aquele partido de "terrorismo".
"O Museu Marítimo de Esposende tem hoje um espólio que tem que ser cada vez mais defendido do ambientalismo que não é nada ecológico e é profundamente desumano, do terrorismo do PAN, que quer acabar com uma atividade e restringi-la , como a caça, como a pesca, daqueles que vêm da terra e do mar, com o seu politicamente correto que coloca a ideologia à frente da ciência e que não respeita o modo de viver daqueles que são os verdadeiros ambientalistas responsáveis, que são os nossos pescadores, os nossos caçadores, os nossos agricultores".
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