Cerca de 240 membros do Conselho Nacional do CDS-PP estão reunidos desde cerca das 12:10, por videoconferência, para discutir e votar uma moção de confiança à Comissão Política Nacional apresentada pelo líder, Francisco Rodrigues dos Santos depois do antigo vice-presidente Adolfo Mesquita Nunes ter proposto a realização de um congresso eletivo antecipado.
Os trabalhos arrancaram à porta fechada, mas foram abertos aos jornalistas a partir das 15:45, após decisão do Conselho Nacional.
Foram vários os conselheiros (mais afetos a Adolfo Mesquita Nunes) que pediram a clarificação sobre o modo como será votada a moção de confiança.
Esta questão provocou uma longa discussão logo após o início da reunião, e nessa altura presidente do CN não se comprometeu com o método de votação da moção de confiança e remeteu essa discussão "para o momento próprio".
Depois da votação da ordem de trabalhos e da deliberação sobre a abertura da reunião aos jornalistas, Filipe Anacoreta Correia anunciou que vai colocar à consideração dos conselheiros nacionais a forma como será votada a moção de confiança, estão em cima da mesa duas opções: uma votação simultânea eletrónica, equivalente a braço no ar, ou voto secreto, também digital.
Na sexta-feira, em resposta a um requerimento da distrital de Lisboa, o Conselho Nacional de Jurisdição emitiu um parecer em que defende que "a votação de moções de confiança à Comissão Política Nacional deve ser realizada por escrutínio secreto" e indica que esta decisão "aplica-se de forma imediata a todas as reuniões do Conselho Nacional" realizadas depois de sexta-feira.
Na exposição, Anacoreta Correia recusou o voto nominal - que os conselheiros são chamados um a um e indicam o sentido de voto em frente aos restantes - mas considerou que "não há razão para excluir o voto de braço no ar", argumentando que "é tecnologicamente possível".
Depois de várias intervenções que instaram o presidente do CN a respeitar o parecer do "tribunal do partido", reiterando que é vinculativo, Filipe Anacoreta Correia defendeu que, de acordo com o regimento, a decisão é sua.
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