Em vários pontos da cidade espanhola há contentores de lixo incendiados por grupos de jovens que antes de pegarem fogo fazem com eles barricadas no meio das avenidas para impedir a polícia de circular, constatou a Lusa no local.
O ambiente é de batalha urbana com os radicais, que quebram e destroem tudo por onde passam, a fugir com a chegada da polícia, para, em seguida, se agruparem noutro local, onde voltam a fazer barricadas.
Muitos turistas foram apanhados no meio desta batalha campal e tentam proteger-se nas entradas dos prédios com ar de assustados, principalmente os mais velhos.
As carrinhas da polícia passam com velocidade nas avenidas onde podem circular à procura dos arruaceiros que correm de um lado para o outro.
Os confrontos entre grupos radicais independentistas e a polícia começaram hoje cerca das 18:00 (menos uma hora em Lisboa), mais cedo do que nos dias anteriores.
Hoje é o quinto dia consecutivo em que grupos de jovens independentistas provocam a polícia de forma violenta nas ruas do centro da cidade, causando estragos em montras, esplanadas, contentores e automóveis.
Os movimentos de protesto começaram na segunda-feira, depois ser conhecida a sentença contra os principais políticos catalães responsáveis pela tentativa de independência em outubro de 2017.
Após o anúncio da sentença, os independentistas começaram por fazer cortes de estradas e de vias de caminho-de-ferro, um pouco por toda a Catalunha.
Os distúrbios de hoje começaram não muito longe do local onde centenas de milhares de pessoas vindas de toda a Catalunha participam numa grande manifestação convocada pelos sindicatos independentistas contra a condenação dos políticos envolvidos na tentativa separatista de 2017.
Pelo menos 35 pessoas ficaram hoje feridas na sequência dos protestos, segundo um balanço feito pelo Sistema de Emergência às 20:00 locais.
Posteriormente, o ministro do Interior em funções, Fernando Grande-Marlaska, anunciou que 207 agentes das forças de segurança foram até agora feridos nos distúrbios na Catalunha.
(Por: Fernando Paula Brito enviado da agência Lusa)
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