Através de uma parceira entre Câmara, “Waze” e “Google Cloud”, todos os condicionamentos que forem aprovados estarão dentro de, “no máximo cinco minutos, disponíveis” nas aplicações.

Quem quiser consultar esta informação para, por exemplo, antecipar um percurso, pode fazê-lo também através da página de internet da Câmara de Lisboa, no endereço ‘http://www.cm-lisboa.pt/condicionamentos-transito’. Onde antes aparecia uma lista dos condicionamentos, passa a estar disponível um mapa que os mostra em tempo real.

Na apresentação foi referido que a plataforma permite filtrar a informação, por exemplo, por data (atual e futura), local, ou se o condicionamento afeta a via toda.

A informação poderá depois ser partilhada por e-mail ou em diversas redes sociais.

Na opinião do vereador da Mobilidade do município, esta funcionalidade traz um “benefício direto para o cidadão”, uma vez que “reduz o tempo perdido” em viagens no dia-a-dia.

Num futuro “de muito curto prazo”, a Câmara espera incluir também na plataforma os condicionamentos provocados por acidentes rodoviários.

“Estamos neste momento já em reuniões com a PSP, e temos uma ótima abertura da PSP neste processo”, disse o vereador Miguel Gaspar à Lusa, explicando que “quando há um acidente que constitua uma obstrução relevante da via pública”, o objetivo é “que a PSP logo na sua central carregue o acidente, e que essa informação chegue logo às pessoas”.

Miguel Gaspar estimou para o futuro uma melhoria no serviço de táxi da cidade, uma vez que os “3.500 carros [táxis] na cidade” podem “adaptar os trajetos em função dos condicionamentos da via”.

Isto é algo que, segundo o autarca, “já acontece com a Carris”, porque o autocarro “quando sai já sabe se terá de fazer alguma alteração ao percurso”.

Outro dos exemplos apontados pelo vereador é a coordenação da atividade logística do comércio na capital, pois será possível programar as entregas por parte dos fornecedores.

“O objetivo da cidade de Lisboa é ser centralizadora da informação e empurrar a informação para toda a gente, para que toda a gente tenha acesso à informação em tempo útil e que com isto consigamos melhor aquilo que são as cadeias de viagem das pessoas”, acrescentou Miguel Gaspar.

À Lusa, Miguel Gaspar apontou que o investimento nesta plataforma, que “desde novembro faz parte do dia-a-dia” do município, “foi inferior a 70 mil euros”, frisando, porém, que “um pequeno investimento num sistema de informação põe sistemas de milhões de euros a funcionar melhor”.

Na apresentação, que decorreu nos Paços do Concelho, foi também referido que a Câmara de Lisboa recebe “oito mil pedidos de condicionamento por ano”, que anteriormente contavam “10 dias úteis de prazo de resposta”.

Esta plataforma permitiu também a desmaterialização desta informação, a poupança de “120 mil folhas de papel por ano” e a redução do prazo máximo de resposta para seis dias.