O chefe da diplomacia portuguesa, que falava à margem da apresentação de uma bolsa para investigadores de língua portuguesa na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, afirmou que esta é a posição que tem sido defendida pelo governo e pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.
"Não sabemos ainda a decisão das autoridades britânicas, mas o primeiro-ministro já teve oportunidade de dizer e eu também que Portugal acolherá favoravelmente um eventual pedido de adiamento da data de saída apresentada pelas autoridades britânicas", posição que também já foi expressa por Marcelo Rebelo de Sousa, considerou o governante, instado a comentar a estratégia aprovada na quarta-feira pelo parlamento britânico.
O governo britânico conseguiu ver aprovada, sem oposição, uma estratégia para a saída do Reino Unido da União Europeia, graças à garantia de que os deputados terão uma oportunidade para adiar o 'Brexit'.
O executivo de Theresa May tinha apresentado o plano de continuar negociações com Bruxelas que permitam ao Reino Unido sair da União Europeia (UE) com um acordo, o qual prometeu submeter no máximo até 12 de março.
Concomitantemente, perante a hipótese de ser novamente chumbado, adiantou que realizaria um voto perguntando aos deputados se autorizariam uma saída sem acordo, ou, caso contrário, apresentaria a opção de pedir à UE o prolongamento das negociações para além de 29 de março.
Este calendário destinou-se a esvaziar uma potencial proposta da deputada trabalhista Yvette Cooper, que, mesmo assim, apresentou uma emenda pedindo que os compromissos do governo ficassem corroborados.
A proposta passou por 502 votos a favor e 20 contra.
Comentários