No dia anterior, o Brasil tinha registado o menor número de mortes em dois meses (778 óbitos), dados que foram hoje consolidados depois do fim de semana, período em falta de recursos humanos para testar e recolher informações costuma ter impacto no número de vítimas mortais e casos comunicados.
Em relação às infeções, o Brasil, país sul-americano mais afetado pela pandemia, somou 72.715 novos casos entre segunda-feira e hoje, num total de 15.282.705 diagnósticos de covid-19 desde o início da pandemia.
Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que indica que a taxa de incidência da doença no país aumentou hoje para 202 mortes e 7.272 casos por 100 mil habitantes. Já a taxa de letalidade continua fixada em 2,8%.
Das 27 unidades federativas brasileiras, São Paulo (3.022.568), Minas Gerais (1.423.717), Rio Grande do Sul (1.013.486) e Paraná (992.600) são as que concentram maior número de diagnósticos do novo coronavírus.
Já os Estados com mais óbitos são São Paulo (101.660), Rio de Janeiro (46.770), Minas Gerais (36.122) e Rio Grande do Sul (26.176).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador de medicamentos no Brasil, pediu na madrugada de hoje a suspensão da aplicação da vacina da AstraZeneca em mulheres grávidas.
Horas mais tarde, a Anvisa informou que recomendou a suspensão após a notificação da morte suspeita de uma grávida de 35 anos.
“Foi notificada à Anvisa, na última sexta (07 de maio de 2021), pelo próprio fabricante da vacina Oxford/AstraZeneca/Fiocruz, a suspeita de evento adverso grave de acidente vascular cerebral hemorrágico com plaquetopenia ocorrido em gestante e óbito fetal”, informou a Anvisa em comunicado.
A mulher acabou por morrer em 10 de maio e o caso ainda está sob investigação.
Segundo a Anvisa, o “evento adverso grave de acidente vascular cerebral hemorrágico foi avaliado como possivelmente relacionado ao uso da vacina administrada na gestante”.
O órgão frisou ainda que, até ao momento, não detetou outros eventos adversos graves envolvendo gestantes.
“Caso de trombose com plaquetopenia é um evento adverso muito raro, potencialmente relacionado a vacinas que usam adenovírus como plataformactais como as vacinas de Oxford/Astrazeneca/Fiocruz e da Janssen, aprovadas para uso no Brasil”, reforçou a agência, explicando que, por esse motivo, recomendou a suspensão do imunizante em grávidas.
“A Anvisa mantém a recomendação de continuidade da vacinação com o referido imunizante dentro das indicações descritas em bula, uma vez que, até ao momento, os benefícios superam os riscos”, acrescentou.
Em comunicado, a AstraZeneca afirmou que “mulheres que estavam grávidas ou amamentando foram excluídas dos estudos clínicos” da vacina.
Em março, O Governo brasileiro incluiu mulheres grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto) com comorbidades no grupo prioritário para receber vacinas contra a covid-19 em devido ao aumento de mortes causadas pela doença nesta parcela da população.
Em abril, a inclusão foi estendida a todas as mulheres grávidas.
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