Na reta final da campanha eleitoral para as autárquicas de domingo, a cabeça de lista bloquista privilegiou hoje a habitação social, participando na pintura de um mural num imóvel devoluto, no Bairro de Santa Maria, na periferia da cidade, com a inscrição “aqui poderia morar gente”.
Trata-se de uma das 34 casas devolutas que são, segundo o BE, propriedade da Habévora, empresa municipal responsável pela gestão do património habitacional público do concelho.
"É inaceitável que haja 34 habitações sem ninguém dentro e haver tanta gente a precisar de casa", afirmou Maria Helena Figueiredo, em declarações à agência Lusa, considerando a habitação social como "um dos graves problemas com que se confronta a população" de Évora.
Citando dados da Habévora, a candidata do BE indicou haver "cerca de 400 famílias" no concelho sem habitação e destas "quase 150 em prioridade um, em situação crítica".
"A habitação social tem que ser uma prioridade", prosseguiu Maria Helena Figueiredo, defendendo uma "reformulação" e a necessidade de pôr no "eixo certo" a Habévora, tutelada pelo município.
E o "eixo certo", segundo a candidata, "é arranjar casas para as pessoas, fazer obras nas que precisam e encontrar fontes de financiamento para adquirir casas".
A candidata aproveitou para criticar os anteriores executivos municipais liderados por comunistas e socialistas, dizendo que "não foram capazes" de gerir a questão da habitação social.
Quanto à ´corrida` à Câmara de Évora, de maioria CDU, a cabeça de lista do BE reiterou o objetivo da sua eleição para o executivo municipal.
"Estamos convencidos que um vereador do Bloco de Esquerda mudaria substancialmente a maneira de a câmara funcionar", frisou, fazendo um balanço positivo da campanha eleitoral.
Nas eleições autárquicas de domingo, concorrem ao município de Évora, além de Maria Helena Figueiredo (BE), o atual presidente do município, Carlos Pinto de Sá (CDU), Elsa Teigão (PS), António Costa da Silva (PSD), Pedro D'Orey Manoel (CDS-PP/MPT/PPM) e André Sapage (PAN).
No atual mandato, o executivo municipal é de maioria CDU (quatro eleitos), sendo ainda composto por dois vereadores do PS e um da coligação PSD/CDS-PP.
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