"Acho que a senhora ministra tem uma mão cheia de nada e está baseada nas minhas declarações públicas e não quer que o país saiba disso. Porque isso é efetivamente uma vingança e uma perseguição", declarou Ana Rita Cavaco aos jornalistas à entrada da sede da Ordem, onde algumas dezenas de profissionais se juntaram para receber os inspetores da Inspeção-geral das Atividades em Saúde.
A bastonária frisou ainda que os inspetores que foram à Ordem "verificar a legalidade dos atos de gestão não cumprem eles próprios a legalidade".
"Os senhores inspetores já deviam vir com uma cópia certificada dos elementos [que a Ordem considera necessários] porque não entram na casa dos enfermeiros sem estarem cumpridos os requisitos legais", afirmou.
A Ordem dos Enfermeiros exigiu hoje aos inspetores que vão realizar a sindicância uma notificação formal do despacho da ministra, dos seus fundamentos e dos elementos de prova.
O advogado da Ordem, Paulo Graça, que acompanha este processo explicou aos jornalistas que enquanto esse despacho, a fundamentação e os elementos de prova que o sustentam não forem entregues, a sindicância àquela estrutura profissional não terá início.
Os elementos da Inspeção Geral das Atividade em Saúde permanecem hoje na sede da Ordem dos Enfermeiros, mas a sindicância só avançará quando o despacho certificado for entregue à ordem.
Esta sindicância, que no fundo é uma averiguação geral, foi solicitada através de despacho pela ministra da Saúde, que a justificou com "intervenções públicas e declarações dos dirigentes".
Comentários