“Eu estou aqui inteira, livre, como sempre estive, para vos dizer que podem contar comigo para mais quatro anos se essa for a vossa vontade. Se essa for a vontade dos enfermeiros portugueses”, afirmou Ana Rita Cavaco no seu discurso de encerramento da I Convenção Internacional dos Enfermeiros, que hoje termina no Porto.
A bastonária assume assim, pela primeira vez, a recandidatura à liderança da Ordem dos Enfermeiros, num momento de particular crispação com a ministra da Saúde, após insinuações sobre extrapolação de funções da bastonária e a realização de uma sindicância à Ordem.
Ana Rita Cavaco fez um balanço do seu mandato, comparando-o a uma viagem “improvável” e com “lutas desgastantes”.
“Foi uma bonita viagem. Dura, mas bonita. Voltava a fazê-la, mesmo sabendo que teria de pagar o preço por estar inequivocamente ao vosso lado”, disse.
A bastonária assume que deu a cara “por um tempo novo”, sentido a sua missão cumprida, porque “os enfermeiros perderam o medo de resistir”.
A representante dos enfermeiros rejeitou ainda “falsos consensos ou silêncios hipócritas” e insistiu que “não há regulação da profissão sem assegurar o número mínimo de enfermeiros nos serviços” e também não existe regulação “sem a capacidade de perceber que os baixos salários influenciam a prestação dos cuidados”.
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