"Os soldados do califado atacaram uma base do exército do Níger na aldeia de Chinégodar na quinta-feira (09 de janeiro). (...) Os combates duraram várias horas", disse a declaração do Estado Islâmico, dizendo que matou "100 elementos" do exército do Níger.
O grupo extremista, que não especifica se registou baixas entre os seus combatentes, disse ter "destruído muitos veículos", "queimado o quartel" e ter feito um "saque de veículos, armas e munições".
"Os ‘mujahidin’ voltaram então à sua posição", conclui o texto do ISWAP.
No domingo, as autoridades nigerinas indicaram que 89 pessoas morreram no ataque de Chinégodar – acima das 25 vítimas iniciais - e falaram de 63 "terroristas neutralizados", naquele que foi o ataque mais mortífero desde o reinício dos atentados, em 2015.
O atentado ocorreu um mês após o ataque em Inates, na mesma região de Tillabéri, na fronteira com o Mali, que vitimou 71 soldados e deixou o país traumatizado. Este ataque também foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
O ‘modus operandi’ dos dois ataques é o mesmo, com o uso de motocicletas e veículos que transportam combatentes armados e depois fogem para o Mali.
Na segunda-feira, o Presidente nigerino, Mahamadou Issoufou, demitiu o chefe de Estado-Maior do Exército e outros altos funcionários da instituição militar, antes de ir a Pau, no sudoeste da França, para uma cimeira dedicada à luta contra os grupos ‘jihadistas’, convocada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.
Todo o Sahel - particularmente Mali, Níger e Burkina Faso - é alvo de ataques cada vez mais ousados de grupos islamistas radicais, apesar do reforço dos exércitos locais e da presença de 4.500 soldados franceses da força antiterrorista Barkhane.
De acordo com as Nações Unidas, os ataques ‘jihadistas’ no Mali, Níger e Burkina resultaram em 4.000 mortes em 2019.
Comentários