Transmitida em direto pela SIC, as audiências da cerimónia, em Portugal, ultrapassou os valores de 2017, que se situaram nos 383 mil, com o auge a ocorrer após o início, com a chegada dos convidados à passadeira vermelha, enquanto os valores internacionais apresentaram uma "queda significativa" este ano, sobre 2017, segundo a agência de meios do grupo IPG Mediabrands.
A audiência dos Estados Unidos foi a mais baixa de sempre, com uma queda de 19% em relação ao ano passado, seguindo a tendência das transmissões televisivas anteriores, de acontecimentos mobilizadores de público - Globos de Ouro, Grammys e Super Bowl -, que também apresentaram perda de espetadores, como noticiou The Hollywood Reporter, citando a agência Nielsen.
De acordo com estes números, as audiências dos Óscares, nos Estados Unidos, "tropeçaram" para os 26,5 milhões de espetadores - como escreve The Hollywood Reporter -, no passado domingo, registando uma queda de 19 por cento, em relação aos 32,9 milhões atingidos em 2017, pela cadeia ABC.
De acordo com a UM, em Portugal, a audiência do canal generalista da SIC manteve um interesse constante na cerimónia até perto das duas da manhã de segunda-feira, verificando-se uma queda progressiva de espetadores, a partir dessa hora.
A SIC, que fez a transmissão direta da cerimónia de entrega dos Óscares, na noite de 4 para 5 de março, obteve uma audiência total acumulada de 428 mil espetadores, para um valor médio de 154 mil, o que corresponderá um 'share' de 12,8%.
A maior mobilização de público, de acordo com os dados da agência de meios, verificou-se por volta da meia-noite, quando atingiu os 284 mil, e, a mais baixa, no fecho da emissão, com cerca de 37,4 mil.
Entre 2015, ano em que a SIC iniciou a transmissão direta a entrega dos Óscares, e 2018, as audiências globais da cerimónia oscilaram entre os 334 mil e os 428 mil espetadores, respetivamente, tendo o ano de 2017 registado uma ligeira quebra em relação a 2016, de 387 mil para 383 mil espetadores.
Dos valores registados pela agência de meios UM, em Portugal, da chamada "noite dos Óscares" - dados que remontam a 2001 -, o valor mais alto de audiência total situa-se em 2006, com 962,3 mil espetadores, quando a cerimónia era transmitida pela TVI.
A 90.ª cerimónia dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que decorreu no Teatro Dolby, em Los Angeles, atribuiu os óscares de melhor filme e melhor realização ao filme "A Forma da Água", de Gulherme del Toro, enquanto "Três Cartazes à Beira da Estrada", de Martin McDonagh, teve as interpretações reconhecidas, com os óscares de melhor atriz, para Frances McDormand, e de melhor ator secundário, para Sam Rockwell.
A cerimónia ficou marcada pelos discursos de apoio aos movimentos contra o abuso e o assédio sexual, de apoio aos imigrantes "Dreamers" (sonhadores) e contra diferentes formas de discriminação.
“O que aconteceu com Harvey [Weinstein] e o que está a acontecer por todo o lado era há muito devido", disse o anfitrião da cerimónia, Jimmy Kimmel, referindo-se às denúncias de abusos que eclodiram no final de setembro passado. "Não podemos continuar a deixar passar o mau comportamento. O mundo está a olhar para nós, precisamos de ser um exemplo”, afirmou.
A crítica às políticas de Trump esteve sempre presente nas declarações de atores e realizadores, durante a cerimónia, mas o seu nome nunca foi pronunciado.
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