Portugal, segundo António Costa, precisa também de "um bom orçamento" para 2018, dando continuidade às opções políticas que permitiram ao país "estar melhor" do que em 2015, ano em que o líder socialista tomou posse como primeiro-ministro.
"Com base nessa confiança, os investidores estão a investir" mais do que há dois anos, quando o PSD e o CDS estavam no Governo, acrescentou.
O secretário-geral do PS intervinha no Convento de São Francisco, na margem esquerda do rio Mondego, na apresentação da recandidatura do socialista Manuel Machado à presidência da Câmara Municipal de Coimbra, nas eleições de 01 de outubro.
Na sua opinião, estando o PS há menos de dois anos no Governo, com apoio de toda a esquerda parlamentar, pela primeira vez desde o 25 de Abril de 1974, “a realidade desmente os preconceitos ideológicos de quem olhou com desconfiança para esta solução política”.
Com o PSD e o CDS a governarem em coligação, entre 2011 e 2015, “o fracasso foi visível”, criticou.
“Pagámos todos duramente esta experiência”, lamentou António Costa, para afirmar que o país “tem hoje melhor consolidação orçamental e mais crescimento tendo feito a inversão da política que era seguida pela direita e virando a página da austeridade”.
Para o líder do PS e primeiro-ministro, “a pior coisa” que Portugal podia fazer “era regredir” nos resultados alcançados desde 2015 e “voltar a ter mais do mesmo”.
Importa “dar força e sustentabilidade a esta mudança”, por isso, “é não só preciso um bom orçamento” de Estado para o próximo ano, “como é sobretudo precisa uma boa estratégia pós-2020 que dê uma visão de médio prazo ao país”, defendeu.
Uma estratégia “onde, de uma vez por todas deixemos de apostar em baixos salários, fragilização de direitos e encerramento de serviços e passemos a apostar naquilo que é essencial”, com o país a “valorizar os seus recursos com base no conhecimento e na inovação”, frisou.
Para o líder do PS, “essa é a chave no futuro” do país.
Passos Coelho “nada aprendeu e só quer repetir aquilo em que já falhou”
“Se hoje temos estes resultados, é porque virámos a página da austeridade”, disse, ao criticar o PSD de Pedro Passos Coelho, que “nada aprendeu e só quer repetir aquilo em que já falhou” no passado.
“Ainda hoje, ao ouvir o líder da oposição a falar no encerramento daquela Universidade de Verão” do PSD – “que mais parecia uma escola de maledicência que ocupou a semana” – se verificou “que a receita é sempre a mesma”, com o objetivo de “evitar os aumentos salariais e diabolizá-los”.
“Devolvemos confiança à sociedade portuguesa. E é com base nessa confiança que os investidores estão hoje a investir e tivemos o maior investimento privado dos últimos 18 anos em Portugal”, declarou.
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