Igualmente líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder desde 1975, José Eduardo dos Santos não concorre às eleições gerais de 23 de agosto, não fazendo sequer parte da lista de candidatos a deputados à Assembleia Nacional.
No início deste mês, o chefe de Estado angolano, em funções há 38 anos, inaugurou a central hidroelétrica de Laúca, na província de Malanje, bem como lançou a primeira pedra para a construção do projeto hidroelétrico de Caculo Cabaça, na província do Cuanza Norte.
Já esta terça-feira, José Eduardo dos Santos inaugurou o viaduto da avenida Deolinda Rodrigues, eixo viário que liga o centro de Luanda e o município de Viana, visando a melhoria do acesso ao futuro novo aeroporto internacional da capital e a mobilidade rodoviária.
Nesse mesmo dia, o Presidente angolano procedeu ao ato simbólico de lançamento da construção da Escola Nacional D. Alexandre do Nascimento, a ser erguida na zona do Morro Bento, arredores de Luanda.
Na jornada de hoje, o chefe de Estado cessante, que completa este mês 75 anos, inaugurou o Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC), os sistemas viários Boavista/Sambizanga, do Camama e da Aveniza Fidel Castro, todos com novos viadutos para melhoria do trânsito nessas zonas da capital angolana.
José Eduardo dos Santos fez também hoje a entrega das chaves de apartamentos a 12 famílias beneficiárias do Projeto de Reconversão Habitacional da Marconi, que deverá acolher 2.800 famílias, que vão ocupar 468 apartamentos, de um total de 74 edifícios, dos quais 30 já estão construídos, no distrito urbano do Sambizanga.
O novo edifício sede do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social foi igualmente hoje inaugurado pelo Presidente angolano, uma infraestrutura com 18 pisos, construída numa área de 18.400 metros quadrados, que vai albergar os serviços centrais daquele departamento ministerial e o Instituto Nacional de Segurança Social.
Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto deste ano, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.
A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).
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