O terramoto de magnitude 6 na escala de Richter deixou milhares de pessoas sem abrigo já que, segundo ‘media’ estatais, cerca de 3.000 casas foram destruídas ou seriamente danificadas.
No passado, os talibãs foram acusados por organizações humanitárias de desviarem a ajuda para áreas onde a população apoiou a sua insurreição contra o governo pró-ocidental.
Porém, Khan Mohammad Ahmad, um alto funcionário talibã na província de Paktika, a mais afetada pelo terramoto, prometeu hoje não interferir no trabalho das agências da ONU e das organizações não-governamentais (ONG) internacionais.
“Quer se trate do PAM (Programa Alimentar Mundial), da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) ou de qualquer outra organização […], da comunidade internacional ou das Nações Unidas […], eles vão distribuir (ajuda)” e os talibãs “estarão com eles”, prontos a ajudar, sublinhou.
O terramoto é o mais mortal no Afeganistão em mais de duas décadas.
Esta tragédia é um desafio logístico para os talibãs, que regressaram ao poder em agosto de 2021, 20 anos após o fim do seu anterior regime, mas que nenhum país reconheceu ainda, devido, em parte, às restrições aos direitos das mulheres.
Antes do terramoto, o Afeganistão, país de 38 milhões de habitantes, já sofria uma profunda crise económica e humanitária, com a comunidade internacional a suspender a ajuda financeira depois do derrube do anterior governo pelos talibãs.
Agora, a comunidade internacional respondeu rapidamente, com a Alemanha, Noruega e outros países a anunciarem o envio de ajuda, mas avisaram que trabalhariam apenas por intermédio de agências da ONU, não com os talibãs.
Camiões de alimentos e outros bens necessários chegaram ao país vindos do Paquistão, assim como aviões com ajuda humanitária proveniente do Irão e do Qatar. Foi igualmente enviada para a capital, Cabul, ajuda humanitária da Índia e uma equipa técnica para coordenar a ajuda.
Comentários