“Há um aumento da atividade sísmica desde 1 de abril [segunda-feira], tendo-se registado um maior incremento desde a tarde de terça-feira, mas nas últimas horas há uma diminuição da atividade sísmica”, afirmou o presidente do CIVISA, Rui Marques, à agência Lusa.
Segundo explicou o responsável, desde o fim de segunda-feira que "há um ligeiro incremento da atividade sísmica, embora o maior incremento nesta zona central da ilha de São Miguel se tenha registado" desde o final da tarde de terça-feira.
“Os sismos estão associados a esta zona do maciço vulcânico central da ilha de São Miguel, o vulcão do Fogo, mas a assinatura que têm é de origem tectónica”, referiu ainda Rui Marques, sinalizando que na manhã de hoje "os valores da sismicidade estão ligeiramente acima dos valores normais".
Até ao momento foram sentidos cinco sismos pela população, mas de baixa magnitude, o último dos quais às 05:00 locais (mais uma hora em Lisboa) de hoje.
O vulcão do Fogo é uma das zonas consideradas mais ativas a nível de sismicidade do arquipélago dos Açores.
"Nos últimos anos, o vulcão tem tido um maior número de crises sísmicas e de incremento de atividade do que as restantes zonas", lembrou ainda o presidente do CIVISA, admitindo também que, "face ao padrão de sismicidade que se está a registar, a probabilidade de haver um novo sismo sentido pela população é elevada".
Ainda assim, adiantou, "a registar-se algum sismo sentido pela população, e dentro deste padrão, deverá ser um sismo de baixa magnitude".
Rui Marques indicou ainda à Lusa que "o sismo de maior magnitude até ao momento foi de 2,8" na escala de Richter e explicou que grande parte destes eventos são sentidos dada a sua "proximidade às zonas urbanas".
O secretário regional da Saúde deslocou-se, ao início da manhã de hoje, ao CIVISA, em Ponta Delgada, "para se inteirar da evolução da atividade sísmica que tem sido registada na zona central da ilha de São Miguel", segundo informou o executivo açoriano.
Rui Luís, citado numa nota enviada pelo Governo açoriano, refere que o executivo "está a acompanhar desde a primeira hora esta situação, através de 'briefings' periódicos entre o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores e o CIVISA".
"As câmaras municipais, os serviços municipais de Proteção Civil e as corporações de bombeiros estão também notificados para o acompanhamento desta atividade sísmica", acrescentou o governante, apelando à população para que se mantenha informada e siga os conselhos de segurança do SRPCBA recomendados para estes casos.
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