"Numa versão mais reduzida no que respeita ao número de concertos e atividades e respeitando todas as restrições e normas implementadas pela Direção Geral da Saúde, este festival sugere-nos, uma vez mais, uma autêntica viagem ao passado, respeitando e revitalizando os espaços históricos onde se apresentam os concertos", afirmou o diretor do festival, Daniel Oliveira, citado em nota de imprensa.
O festival promete fazer estabelecer "um diálogo dinâmico entre o passado e o presente", dando a conhecer instrumentos tão distantes como a viola da gamba, o cravo ou a harpa ibérica.
O evento começa no sábado com o concerto “Mudo Silencio Mio”, na Igreja de S. Pedro da Cadeira.
Através do canto, cravo e harpa ibérica, por Maria Bayley, vão ser interpretadas obras de autores ibéricos e italianos dos séculos XVII e XVIII, como Sebastián Duron, Lorenzo Romero, Monteverdi ou Giulio Caccini.
O festival prossegue no dia 29 com o concerto “O Poema em música”, na Igreja de S. Pedro, em Dois Portos.
A soprano Mariana Castello-Branco, Ana Sousa, na viola de gamba, e Daniel Oliveira, no cravo, prometem viagem pelos madrigais de Dowland, pela música de Purcell e ainda pela música portuguesa do cancioneiro de Elvas, obras entre o renascimento e o barroco.
A 12 de junho, o grupo barroco Ars Eloquentia e as sopranos Carolina Figueiredo e Patrycia Gabriel apresentam-se para o último concerto, intitulado “O barroco em França, Itália e Alemanha”, na Igreja de Nossa Senhora da Graça, na cidade de Torres Vedras.
Percorrendo França, Itália e Alemanha, vão interpretar obras de alguns dos nomes mais consagrados do período barroco, tais como Bach, Vivaldi, Charpentier ou Telemann.
Desde árias de cantatas sacras até sonatas do período barroco, neste concerto o público pode assistir à improvisação barroca em concerto e ouvir um dos instrumentos mais emblemáticos da orquestra barroca, a flauta travessa ou flauta barroca.
Todos os concertos são comentados e vão ter transmissão ‘online', tendo em conta a limitação de lugares, que carecem de reserva prévia.
O festival conta ainda com uma oficina de construção de instrumentos musicais, por Mário Estanislau, no dia 05 de junho na Igreja de Santiago, em Torres Vedras, e a 11 de junho um roteiro pelo centro histórico da cidade, onde alunos de várias instituições vão tocar peças musicais do renascimento e do barroco, junto a monumentos.
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