Em comunicado publicado na página do museu luxemburguês, a instituição explica que a nomeação foi feita por um comité de seleção, que reviu 40 candidaturas, composto pela diretora da Tate Modern, Frances Morris, por Catherine Grenier, da Fundação Giacometti, pelo diretor museológico do Museu Leopoldo, em Viena, Hans-Peter Wipplinger, e por vários membros do Conselho de Administração.
Cotter vai assumir aquele posto no dia 1 de janeiro de 2018, havendo lugar para um “período de cooperação temporária” entre o MUDAM e a Fundação de Serralves.
No comunicado, a grã-duquesa herdeira do Luxemburgo, Stéphanie de Lannoy, que preside ao Conselho de Administração, enalteceu as qualidades de Suzanne Cotter, dizendo que “a clareza da sua visão, a sua formidável experiência adquirida, quer na Europa como nos Estados Unidos, e o seu reconhecimento ao nível internacional são elementos que farão dela uma excelente diretora”.
No mesmo texto, o MUDAM recorda que, em Serralves, Cotter apresentou um “programa de exposições audaciosas e projetos maiores em colaboração com numerosos artistas como Julie Mehretu, Philippe Parreno, Wolfgang Tillmans, Helena Almeida, Theaster Gates e Monir Farmanfarmaian”.
Na semana passada, a Fundação de Serralves anunciou que Suzanne Cotter iria sair do cargo que ocupa atualmente no final do ano e que seria aberto um concurso internacional para o lugar.
No dia seguinte, a presidente do Conselho de Administração da fundação, Ana Pinho, considerou que a saída da diretora, no final do ano, é um processo “absolutamente natural”.
“Este processo é absolutamente natural, faz parte das dinâmicas dos museus, da gestão da carreira dos profissionais dos diretores de museus, curadores. Como a Suzanne disse, as instituições também ganham com novas dinâmicas. Neste caso é um perfeito entendimento, de cumplicidade. Estamos de acordo nisso”, afirmou Pinho.
Cotter, de nacionalidade australiana e inglesa, foi anunciada como diretora do Museu de Arte Contemporânea de Serralves a 08 de outubro de 2012, substituindo no cargo João Fernandes.
Na altura, o então presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, Luís Braga da Cruz, disse que Cotter ficaria à frente do museu de Serralves por um período de “4/5 anos, renovável apenas por mais um mandato”, algo que acabou por não acontecer.
Com uma formação de base em Ciências Aplicadas, Cotter enveredou depois por uma licenciatura em História de Arte, na Universidade de Melbourne.
Em 1991, Suzanne Cotter deslocou-se para a Europa, onde fez cursos de História de Arte em Paris e Londres.
Durante a sua passagem pelo Guggenheim, Cotter foi ainda cocuradora da 10.ª Sharjah Biennial, nos Emiratos Árabes Unidos.
Entre 2006 e 2007, fez uma pós-graduação em gestão Cultural na City University London, promovida pela União Europeia e destinada a mulheres com papéis de liderança na área cultural.
Cotter trabalhou, entre 2002 e 2009, na galeria Modern Art Oxford, como curadora sénior e vice-presidente. Anteriormente, de 1998 a 2002, foi curadora na Galeria Hayward, também no Reino Unido.
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