“Infelizmente, não conseguimos ainda abrir o Salão Central Eborense, mas será aberto, esperamos nós, no final de maio”, realçou hoje o presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, em declarações à agência Lusa.
Segundo o autarca, a empreitada está concluída há cerca de um ano e meio, mas o espaço ainda não abriu portas devido a atrasos da empresa E-Redes (antiga EDP Distribuição) na construção do Posto de Transformação (PT) que vai servir o edifício.
“Está, finalmente, construído e está a decorrer o período de testes aos equipamentos, já com o PT”, precisou, sublinhando que está previsto inaugurar o espaço no final de maio.
O dia em concreto da reabertura, assinalou o presidente do município, “ainda não está definido”, pois “ainda estão a decorrer os testes aos equipamentos e é preciso ter a certeza de que está tudo a funcionar em condições”.
Assinalando que a E-Redes teve “dificuldades em cumprir os prazos” para a construção deste PT, o que impediu a abertura do espaço, Pinto de Sá salientou que o problema “não foi apenas com Évora, tem sido generalizado”.
“Reclamámos, ao longo do tempo, e eles foram argumentando com a falta de materiais e com a dificuldade de encontrar empreiteiro”, referiu, considerando “como plausíveis” as justificações dadas pela E-Redes.
“Também sentimos algumas destas situações, de falta de materiais e de empreiteiros, e, portanto, não temos propriamente matéria onde nos possamos agarrar para pedir qualquer outra resposta por parte da empresa”, acrescentou.
Quanto ao Salão Central Eborense, o autarca lembrou que a requalificação do espaço, que arrancou em 2020, envolveu um investimento de 2,5 milhões de euros, com 70% do financiamento assegurado por fundos europeus.
De acordo com o presidente, o salão será um espaço polivalente para a cultura, mas também para outras áreas, como empresariais ou desportivas, e vocacionado para eventos e iniciativas de associações, agentes e instituições de Évora.
Situado no centro histórico da cidade alentejana, o centenário Salão Central Eborense encontra-se fechado desde o final dos anos 80 do século XX.
O edifício foi mandado construir, em 1916, pelo empresário José Augusto Anes como espaço de cultura e variedades e, ao longo dos anos, ‘passou pelas mãos’ de diversos proprietários, sempre com a predominância da exibição de cinema.
Com o passar dos anos, a afluência de público diminuiu, levando ao seu encerramento definitivo no final dos anos 80, tendo a câmara municipal adquirido o edifício em 1996.
Comentários