O Coimbra em Blues (Festival Internacional de Blues de Coimbra) é uma marca que nasceu no TAGV e que agora regressa com propostas diversas para dar conta do panorama criativo de uma das mais fortes tradições musicais e cujo programa será apresentado na quinta-feira, disse à agência Lusa o diretor do Teatro, Fernando Matos Oliveira.
Na música, referência também para espetáculos como a estreia do novo projeto de João Só, com Bárbara Tinoco e, como convidados, André Sardet e os Quatro e Meia, na noite de 31 de outubro, ou, por exemplo, para as atuações da banda de folk Jigsaw e Selma Uamusse e de Samuel Úria, em 01 e 02 de novembro, respetivamente, integrados na terceira edição do festival Lux Interior, que tem início no dia 31 de outubro, no Salão Brazil (Coimbra).
O Clube de Leitura Teatral, com Francisco Luís Parreira, António Mercado e Rui Pina Coelho, resultado de uma parceria entre o TAGV e a companhia A Escola da Noite (responsável pelo Teatro da Cerca de São Bernardo, na Baixa história de Coimbra), é outro dos “fortes projetos” que faz parte da programação de outubro a dezembro da emblemática sala de Coimbra.
Ainda no âmbito das parcerias e coproduções com estruturas da cidade, destaque, designadamente, para os dois dias de cinema no TAGV, no âmbito da bienal de arte contemporânea Anozero’19, coorganizada pelo Círculo de Artes Plásticas, Câmara e Universidade de Coimbra, que este ano, subordinada ao tema ‘A terceira margem do rio’, decorre, sob curadoria de Agnaldo Farias, entre 02 de novembro e o final do ano.
Quanto à internacionalização do TAGV, de salientar o curso itinerante de aperfeiçoamento teatral École des Maîtres, “um dos mais significativos” projetos de formação teatral avançada, que, criado em 2012, se tornou numa referência na programação da sala da Universidade de Coimbra, e cuja organização conta, a partir deste ano, com a participação do Teatro Nacional D. Maria II.
A edição de 2019 de École des Maîtres, orientada pela dramaturga, encenadora e atriz espanhola Angélica Liddell — “uma das mais importantes performers da atualidade”, sublinha Fernando Matos de Oliveira –, com o apoio de quatro países (Bélgica, Itália, França e Portugal), “tem como objetivo relacionar artistas europeus com idades entre os 24 e os 35 anos, oriundos de escolas de teatro europeias e com experiência profissional, com encenadores de renome internacional”.
Mas a sala da Alta de Coimbra, nem por isso e graças às “condições de projeção ótimas” que atualmente dispõe, deixa de “prosseguir o desígnio de ser a cinemateca da região Centro”, afirma o seu diretor, referindo que da programação para o último trimestre de 2019, fazem parte, por exemplo, a exibição de películas no âmbito do festival Caminhos do Cinema Português ou da Festa do Cinema Francês, para além da bienal Anozero.
Um ciclo de Buñuel, a exibição de cópias restauradas ou a estreia em Coimbra de ‘A herdade’, com a participação dos atores, realizador e produtor do filme são outros exemplos da programação do TAGV, que faz questão de se afirmar “não só como sala para ver, mas também para pensar e debater o cinema”.
Trata-se de uma programação que traduz a identidade do TAGV e faz parte da sua maneira de trabalhar e de acrescentar valor cultural à cidade de Coimbra, sintetiza Fernando Matos de Oliveira.
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