Pirolli rende no cargo a maestrina Joana Carneiro, que cessa funções no final do ano, e cuja saída tinha sido anunciada pelo Opart em março passado.
Em comunicado, o Opart afirmou que a maestrina portuguesa, de 44 anos, tinha demonstrado “o desejo de cessar funções enquanto maestrina titular da OSP, após o termo do seu mandato, a 31 de dezembro de 2021”. Joana Carneiro era maestrina titular da OSP desde janeiro de 2014.
O italiano Antonio Pirolli desempenhava desde outubro de 2019 as funções de maestro convidado principal da OSP, tendo dirigido pela primeira vez a orquestra em julho de 2000, na ópera “Um Baile de Máscaras”, de Verdi.
Em outubro do ano passado, Pirolli dirigiu a ópera “La Wally”, de Catalani, no Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), e, em janeiro passado, o Concerto de Ano Novo da OSP.
A nomeação de Pirolli, sob proposta da diretora artística do TNSC, Elisabete Matos, “surge na sequência das funções que tem desempenhado desde outubro de 2019”, refere o Opart, salientando “a sua dedicação e competência”.
Para o Opart, a “dedicação e competência” do maestro, “aliadas à qualidade dos instrumentistas da OSP, são garantia de um trabalho artístico de excelência que o público poderá comprovar no decurso da temporada 2021-22 e seguintes”.
O maestro, segundo nota do Opart, “domina um vasto repertório, elegendo obras do período oitocentista italiano e óperas francesas, e fazendo frequentes incursões em Puccini e em repertório sinfónico”
Pirolli já dirigiu, entre outros, New National Theatre, de Tóquio, Teatro Colón de Buenos Aires, Staatstheater Wiesbaden, na Alemanha, Teatro dell’Opera, de Roma, Teatro alla Scala, de Milão, Teatro Carlo Felice, de Génova, e o Teatro Vincenzo Bellini, na Catânia, também em Itália.
De 1995 a 2001, foi diretor musical no Teatro de Ópera de Ancara, ocupando, de 2001 a 2005, o mesmo cargo na Ópera Estatal de Istambul.
Recentemente, dirigiu as óperas “Lucia di Lammermoor”, de Donizetti, em Ancara, Bucareste, Istambul, Buenos Aires e Bari, em Itália, “La Gioconda”, de Ponchielli, no Festival de Santander, em Espanha, “Il tabarro”, de Puccini, e “Pagliacci”, de Leoncavallo, em Ancara, “Andrea Chénier”, de Giordano, na Deutsche Oper, de Berlim e na Catânia, Itália, “Macbeth”, de Verdi, em Lisboa, entre outras, como “Il barbiere di Siviglia”, de Rossini, em Ancara, Tóquio, Valência, em Espanha, e Verona, em Itália.
Antonio Pirolli licenciou-se em piano, em 1981, música coral e direção de coro, em 1984, composição e direção de orquestra, em 1985, na Academia de Santa Cecília, em Roma, onde nasceu em 1959.
Prosseguiu os estudos com os maestros Zoltán Peskó, Vladimir Delman e Rudolf Barshai.
Em 1987, classificou-se em 3.º lugar no Concurso Arturo Toscanini, em Parma.
O Organismo de Produção Artística (Opart) tutela o Teatro Nacional de S. Carlos e o respetivo Coro, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e a Companhia Nacional de Bailado.
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