As palavras são do personagem Jefferson Grieff (Stanley Tucci) e chegam-nos via "Inside Man", minissérie de quatro partes da BBC, mas que estreou recentemente em Portugal na Netflix. É dela que falamos no episódio de hoje do nosso podcast.
Criada por Steven Moffat ("Doctor Who", "Sherlock"), percebemos logo pelo trailer que há muitos vibes de Hannibal Lecter em Grieff (um criminologista no corredor da morte numa prisão do Texas que aguarda a execução pelo homicídio da mulher). Afinal, há frase mais "lectariana" do que "toda a gente é um assassino, só temos de encontrar a pessoa certa"?
Grieff, contudo, dispõe de algo que poucos possuem: um intelecto e visão incomparáveis, além de um doutoramento em criminologia. E quando existem casos de homicídio mais mediáticos, é a ele, alguém no corredor da morte, a quem a polícia recorre para pedir conselhos sobre o que procurar ou investigar. Ou seja, este recluso especial, com muitos pontos de Q.I, vê aquilo que os outros não conseguem e ajuda a encerrar os casos para dar algum conforto às famílias enlutadas.
Sem fazer grandes spoilers, a história de Grieff é partilhada por outra narrativa, noutro continente, aparentemente sem relação e numa aldeia inglesa, em torno de um simpático vigário chamado Harry (o sempre carismático David Tennant, de "Good Omens" e "Broadchurch"). No entanto, na dita aldeia, há também uma professora de matemática (Dolly Wells) não tão simpática que intimida uma jornalista (Lydia West) quando esta começa a fazer demasiadas perguntas sobre Harry.
Neste episódio, reservámos ainda um tempinho para "Enola Holmes 2" da Netflix, sequela do filme de 2020. Nesta continuação, que reinterpreta as personagens criadas por Sir Arthur Conan Doyle, Millie Bobby Brown (a Eleven de "Stranger Things") volta a dar vida à irmã mais nova do famoso detetive Sherlock Holmes (Henry Cavill). O realizador Harry Bradbeer ("Fleabag") volta a pegar nas rédeas desta história, que vários críticos sugerem ser ainda melhor do que a primeira — e na qual Enola investiga um crime que mais ninguém queria pegar.
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