A mostra é inaugurada no dia 20 de outubro na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, na Horta, na ilha do Faial, onde ficará patente até 31 de dezembro, estando previsto que passe por outras ilhas dos Açores no próximo ano.
A dualidade entre a paisagem e a viagem deu o mote para a seleção de nove obras de arte de artistas portugueses do novo milénio, “cujo enfoque incide em representações paisagísticas e relacionadas com o imaginário da viagem”, de acordo com a informação disponível sobre a exposição.
“Nas nove obras (das nove ilhas) selecionadas para esta itinerância reconhecemos representações de elementos naturais, sejam eles trechos paisagísticos, sejam pormenores de elementos dos reinos animal ou vegetal, e também fragmentos imagéticos relacionados com o imaginário da viagem”, adianta o Arquipélago.
Estarão patentes na biblioteca da Horta obras de arte de Gil Heitor Cortesão, Inês Botelho, João Pedro Vale, João Queiroz, Luísa Jacinto, Maria José Cavaco, Pedro Valdez Cardoso, Rui Calçada Bastos e Sandra Rocha.
O Arquipélago tem uma das mais jovens coleções públicas portuguesas de arte contemporânea e o seu acervo é composto atualmente por cerca de oito dezenas de obras.
Na antiga fábrica oitocentista de destilação de álcool que deu lugar ao Centro de Artes Contemporâneas, em 2015, na Ribeira Grande, em São Miguel, estão programadas outras iniciativas ao longo do mês de outubro, como a exposição "O Risível Enigma da Vida Normal", com curadoria de Mark Durden e David Campbell, que apresenta as múltiplas formas da comédia através da arte contemporânea, visitável de terça-feira a domingo, entre as 10:00 e as 18:00.
Na quarta-feira, pelas 21:30, será apresentado, na Blackbox, o projeto “Da Nova Arte de Fazer Ruínas”, da coreógrafa Beatriz Cantinho, em colaboração com o compositor Diogo Alvim e o músico e artista plástico Ricardo Jacinto, que conta ainda com os bailarinos Filipe Pereira, Jácome Silva e Marta Cerqueira, resultado de uma residência artística iniciada a 25 de setembro.
A ‘designer’ gráfica Júlia Garcia continuará a desenvolver, no mês de outubro, uma intervenção no edifício da RTP/Açores, no âmbito da residência artística “As Grafias Imagéticas de Um Arquivo”, que “propõe um olhar que remete para o imaginário da RTP por via de uma evolução gráfica através das imagens de arquivo, permitindo, consequentemente, uma leitura imagética do edifício”.
No domingo, pelas 16:30, Fábian Araya e Santiago Berros, saxofonistas nascidos em Buenos Aires, apresentam o projeto "Araya Berros - Intervención Tango", que desconstrói e reinterpreta o tango.
Com texto de Sandra José e interpretação de André Melo, “Ámen” é, ao mesmo tempo, uma performance, uma instalação de vídeo e som e uma peça de teatro, que será apresentada no dia 20, pelas 21:30.
*Créditos imagem: Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas
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