"Serão pequenas mostras do melhor que temos junto do nosso público alvo, de forma a que essas pessoas possam ver, no local onde vivem, aquilo que podem encontrar no futuro em Paços de Ferreira", explicou em declarações à Lusa o diretor executivo da Associação Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF) que promove a feira de mobiliário “Capital do Móvel”.
Para João Pedro Begonha, o principal público-alvo da “Capital do Móvel "está mais ligado ao Porto e a Lisboa". Por isso, frisou, a partir do próximo ano, a aposta será feita nas "breves capitais do móvel, do tipo ‘pop-up', naquelas cidades.
A poucos dias de arrancar mais uma edição da feira de mobiliário de Paços de Ferreira, no pavilhão de exposições da cidade, a AEPF acredita que é chegada a hora de se avançar para uma estratégia de promoção diferente, de maior proximidade, junto dos potenciais consumidores portugueses.
Para 2018 prevê-se a abertura de dois espaços, nos centros históricos de Lisboa e do Porto, onde serão expostos, ao longo de uma semana, provavelmente em junho, vários produtos ligados ao mobiliário produzido em Paços de Ferreira.
"São mercados alvo com maior poder de compra. Os mercados de Lisboa e do Porto, neste momento, estão muito ativos em termos imobiliários, há grandes investimentos no ramo da hotelaria e não só", destacou, acrescentando: "Queremos, obviamente, estar junto dos clientes que podem proporcionar às nossas empresas bons negócios em termos familiares, mas também em termos de investimento imobiliário. É um setor que nós queremos agarrar nessas grandes metrópoles".
Segundo a AEPF, haverá um cuidado especial na decoração dos espaços para atraírem os clientes.
"Serão espaços muito agradáveis à vista e confortáveis", previu, prometendo "zonas de ‘chill out' que se misturam com ambientes requintados e modernos".
A opção por aquele período do ano, entre as feiras de primavera e de verão, destina-se, assinalou, a atrair mais visitantes à Capital do Móvel que habitualmente ocorre em Paços de Ferreira nos primeiros dias de agosto de cada ano.
João Pedro Begonha defendeu que o primeiro contacto com a qualidade e o design do produto é importante e que, a partir desse momento, os consumidores de Lisboa ou do Porto poderão deslocar-se a Paços de Ferreira para conhecer as grandes lojas de mobiliário, espalhadas por um concelho com cerca de um milhão de metros quadrados de exposição.
Se o modelo correr bem, anotou, aquele tipo de loja poderá abrir duas vezes por ano, já a partir da 2019, nas duas cidades. Além de junho, equaciona-se outubro como uma segunda data para funcionamento das lojas.
"Pretendemos que o ‘timing' seja distinto, para abrirmos a curiosidade dos nossos potenciais clientes, em alturas diferentes da Capital do Móvel", indicou.
Um dos públicos que os espaços vão procurar atrair é os turistas estrangeiros que visitam as duas maiores cidades portuguesas.
"As nossas empresas em Paços de Ferreira têm uma forte componente internacional. Será também uma forma de nós conseguirmos chegar a pessoas de outros países", afirmou, recordando que os principais clientes da Capital do Móvel são espanhóis, franceses, angolanos, alemães e ingleses.
Apesar desta aposta nas lojas em Lisboa e Porto, que mais tarde poderão estender-se a outras cidades do país, a AEPF mantém o modelo de feira, que este ano cumpre a sua 49.ª edição.
No pavilhão de exposições da cidade, a partir de sábado, os visitantes poderão conhecer as últimas propostas de cerca de 40 marcas do setor, incluindo a novidade de uma empresa que se dedica ao restauro de móveis antigos, dando-lhe uma aparência mais moderna.
Comentários