1. Amazónia: de sumidouro a emissor de carbono
As florestas tropicais, incluindo a Amazónia, têm sido historicamente grandes sumidouros de carbono, ou seja, um sistema que absorve e captura CO2. São, por isso, essenciais para a saúde do planeta.
Mas, devido ao desmatamento em massa e incêndios florestais de grandes dimensões, estes sumidouros estão prestes a tornar-se emissores de carbono – sendo que algumas florestas no sudeste da Ásia já o são, de acordo com uma nova investigação do Nature Climate Change.
Para ler na íntegra em Mongbay
2. Houve uma diminuição de 7% nas emissões de dióxido carbono no ano passado
Numa nova série de artigos da Bloomberg Green (“Carbon Benchmark”) é analisado como é que os mais de 100 países que se comprometeram a atingir a neutralidade carbónica até 2050 planeiam cumprir com o prometido e quais são as tecnologias necessárias para lá chegar.
À medida que várias cidades e indústrias estiveram em pausa em 2020, devido à pandemia de covid-19, as emissões de carbono diminuíram em cerca de 7%. Mas, para que se possa limitar o aumento dos níveis de temperatura descritos no Acordo de Paris, é preciso atingir uma redução de entre 25% a 50% nos próximos 30 anos.
Para ler na íntegra em Bloomberg
3. Saint Louis: um pequeno exemplo de um grande problema
Uma reportagem em vídeo sobre o Património Mundial da UNESCO no Senegal mostra uma “janela de como o mundo será, a não ser que os líderes mundiais se adaptem às mudanças climáticas”, refere o Al Jazeera.
Nas imagens, é possível ver que o aumento do nível do mar destruiu habitações costeiras em Saint Louis, a antiga capital da África Ocidental Francesa, e as temperaturas mais altas do oceano reduziram a captura de peixes.
“É por isso que tantos jovens estão a migrar para a Europa”, disse o vice-presidente local. Os migrantes estão entre as 24 milhões de pessoas deslocadas pelas alterações climáticas em 2020, relata o jornalista Nicolas Haque.
Para ler na íntegra em Al Jazeera
4. Famílias do Novo México em "zona de resíduos" de petróleo e gás pedem ajuda
A exploração intensiva de combustíveis fósseis na Bacia do Permiano [uma das sete grandes formações rochosas de xisto nos EUA], no Novo México, deixou milhares de famílias a viver no meio de canos que transportam gás, petróleo e água contaminada, envenenando a terra e expondo as famílias a perigos de saúde.
Apesar de os moradores e ativistas estarem a pedir auxílio, especialmente devido ao crescente número de acidentes explosivos, alguns legisladores consideram que a terra onde vivem não passa de uma “zona de resíduos”.
Além disso, o Novo México ainda carece de regulamentações abrangentes sobre derrames e outros acidentes no processo de produção de petróleo e gás.
Para ler na íntegra em Capital & Main
Por cá: Ministros da União para o Mediterrâneo querem reforçar economia azul sustentável
Os ministros dos Estados-membros da União Europeia para o Mediterrâneo, em que se inclui Portugal, adotaram esta terça-feira uma declaração na qual se comprometem a “intensificar os esforços” e a “cooperar estreitamente” para desenvolver uma “economia azul sustentável no Mediterrâneo”.
“Os ministros concordam em promover políticas transformadoras e ferramentas, tais como os ‘clusters’ marítimos ou o planeamento do espaço marítimo, e apoiar a mudança global para tecnologias de baixas emissões e para uma economia azul circular”, refere um comunicado publicado pela organização após uma reunião entre os representantes dos Estados-membros.
Durante a reunião, que teve lugar por videoconferência e onde Portugal foi representado pelo ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, os ministros comprometeram-se também em desenvolver “novas atividades conjuntas e projetos” em várias áreas, que vão do “lixo marinho” às “energias renováveis marinhas”, ao “turismo baseado na natureza”.
Frisando que a “região do Mediterrâneo é o primeiro destino do mundo em termos de turismo”, os ministros referem também que foi um “setor muito afetado pela crise da covid-19”, sendo a promoção de uma economia azul no setor “crucial”.
“Enquanto primeiro setor da economia azul para rendimentos e criação de empregos, o turismo é também uma das forças motoras para empresários jovens e para o crescimento de pequenas e médias empresas”, destacam.
A esta situação, acrescentam também o facto de a região mediterrânica estar “muito exposta às transições climáticas, aquecendo a um ritmo 20% mais rápido do que a média mundial, com impactos visíveis no ambiente marinho”.
“Esta situação perdurará a não ser que outras medidas de atenuação e de adaptação sejam tomadas para reduzir as emissões de carbono e reforçar a resiliência dos ‘habitats’ marinhos e costeiros”, lê-se na nota.
Nesse âmbito, o objetivo da declaração hoje aprovada é o de “promover a recuperação económica da região e responder aos desafios ambientais e climáticos”.
O comissário europeu para o Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevicius, referiu, citado em comunicado, que a declaração hoje adotada se enquadra numa estratégia para “recuperar da crise [originada pela] covid-19 e para responder ao impacto sério da transição climática e da degradação ambiental”.
“É um passo primordial para uma gestão sustentável do Mediterrâneo – o nosso mar comum – e uma contribuição para as ambições do Pacto Ecológico Europeu”, refere o comissário.
A declaração surge após um processo de consulta promovido pela organização junto de 100 especialistas e representantes de organizações internacionais, que concordaram que “mais ações são necessárias com urgência” para a sustentabilidade do Mediterrâneo.
A União para o Mediterrâneo é uma organização intergovernamental que reúne o conjunto dos Estados-membros da União Europeia (UE) e 15 países que se encontram na costa sul e leste do Mediterrâneo.
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