A chinesa TikTok, detida pela ByteDance, está a ser banida dos dispositivos federais nos Estados Unidos, numa altura em que Bruxelas está atenta à forma como a rede social protege a privacidade dos utilizadores.
“Em apenas alguns anos, o TikTok tornou-se numa fonte de inspiração e entretenimento, com mais de 150 milhões de pessoas de toda a Europa a virem todos os meses para a nossa plataforma”, afirma hoje a rede social, em comunicado.
A tecnológica disse que continua focada “em construir a confiança” com a sua comunidade, “demonstrando-lhes que os seus dados estão seguros” e a “cumprir a estratégia de gestão de dados” que definiu para a Europa no ano passado, que “inclui uma maior redução do acesso dos trabalhadores aos dados dos utilizadores europeus; a minimização dos fluxos de dados fora da Europa; e o armazenamento local dos dados dos utilizadores europeus”.
“Estamos a procurar expandir a nossa capacidade de armazenamento de dados europeus”, estando “numa fase avançada de finalização de um plano para um segundo centro de dados na Irlanda com um fornecedor de serviços externo, para além do local anunciado no ano passado”, adianta sobre o armazenamento local de dados.
Além disso, referem estar também em conversações para estabelecer um terceiro centro de dados na Europa, “para complementar ainda mais” as operações planeadas na Irlanda e “os dados dos utilizadores TikTok europeus começarão a migrar este ano, continuando em 2024”.
Manifesta-se ainda empenhado “em continuar a acelerar as oportunidades” para os seus utilizadores, enquanto se esforça “por estabelecer um novo padrão de segurança e proteção para manter o TikTok como um lugar de animação e entretenimento durante os próximos anos”.
“Reconhecemos plenamente a importância de continuar a investir na Europa para apoiar esta comunidade próspera”, onde “mais de 5.000 pessoas trabalham agora para TikTok em 10 países da região – Bélgica, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Países Baixos, Polónia, Espanha, Suécia e Reino Unido”, afirma a plataforma, sem adiantar valores.
A rede social refere que os seus colaborares trabalham em várias áreas, “desde o envolvimento de marcas e criadores, comércio eletrónico e música, a privacidade, políticas públicas, investigação e desenvolvimento e segurança”
Este nível de investimento local “estende-se também à nossa abordagem para manter a nossa comunidade europeia e os seus dados seguros e protegidos, particularmente no contexto da nova regulamentação”, adianta, recordando que na semana passada o TikTok apresentou o primeiro relatório de base em conformidade com o Código de Conduta sobre Desinformação.
Neste documento forneceu “mais de 2.500 dados sobre a implementação e aplicação das políticas da TikTok em 30 países europeus”, refere, salientando que a rede social tem vindo a expandir a sua equipa “com conhecimentos especializados adicionais e a disponibilizar recursos-chave de toda a empresa para assegurar a nossa futura conformidade com a Lei dos Serviços Digitais (DAS na sigla em inglês)”.
Ora, “a transparência é uma componente chave da Lei dos Serviços Digitais e temos apoiado os objetivos da regulação desde o início, uma vez que reflete o pensamento que norteia os nossos relatórios trimestrais de aplicação das Community Guidelines, onde fornecemos informações sobre a natureza do conteúdo e das contas removidas da nossa plataforma”, assegura.
Além disso, “continuaremos a aumentar a visibilidade externa do trabalho que realizamos para proteger a nossa comunidade, inclusive através da abertura do nosso Centro Europeu de Transparência e Responsabilização em Dublin no próximo mês, onde o público especializado poderá saber mais sobre o nosso trabalho para manter as pessoas no TikTok em segurança”, remata.
Comentários