“Posso dizer claramente a todos que sobre a questão do 5G não vamos ser afetados de todo, nem nos contratos que assinámos, nem naqueles que vamos assinar”, afirmou o vice-presidente da Huawei Technologies, Ken Hu, numa conferência de imprensa, no âmbito do Mobile World Congress, em Xangai.
Ken Hu ressaltou que a multinacional conseguiu assinar 50 contratos comerciais, até à data, para o desenvolvimento do 5G – 28 na Europa, onze no Médio Oriente, seis na região Ásia-Pacífico, quatro nas Américas e um em África.
A empresa implantou já mais de 150.000 estações base em todo o mundo e criou um portfólio de mais de 2.570 patentes em torno daquela tecnologia – cerca de 20% do total mundial, abrangendo terminais, ‘chips’ ou infraestruturas.
“Vamos continuar a liderar no 5G porque, entre outras coisas, vamos manter e aumentar o investimento”, disse Ken Hu, recordando que a empresa começou há uma década a desenvolver esta tecnologia e já investiu mais de 4.000 milhões de dólares.
Washington tem pressionado vários países, incluindo Portugal, a excluírem a Huawei na construção de infraestruturas para redes 5G, acusando a empresa de estar sujeita a cooperar com os serviços de informação chineses.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, emitiu, no mês passado, uma ordem executiva que exige às empresas do país que obtenham licença para vender tecnologia crítica à Huawei, num golpe que se pode revelar fatal para a gigante chinesa.
“Como empresa, pensamos que é tratamento injusto, porque as acusações não são baseadas em fatos”, afirmou Ken Hu, acrescentando que as operações de negócios da empresa decorrem com “normalidade”, apesar de reconhecer que há “alguma flutuação” e que, embora as vendas em alguns países estejam em queda, estão a crescer na China.
O executivo também elogiou “a posição da União Europeia” sobre cibersegurança com base na noção de que “a tecnologia é apenas tecnologia e deve haver uma abordagem objetiva, baseada em fatos” em vez de “discriminar qualquer provedor por motivos ideológicos”.
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