“Com base num conjunto de informações, como a perigosidade, a meteorologia e o número de incêndios dos últimos dias, o sistema gera uma reposta que identifica as condições de risco para o dia solicitado”, avançou o ICNF, explicando que o requerente tem que se registar na aplicação para solicitar a autorização da queimada ou a avaliação da queima.
Desenvolvida pelo ICNF, em colaboração com a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), a nova aplicação “permite efetuar pedidos de autorização de queimadas extensivas e avaliação de queima de amontoados, bem como simplificar e facilitar o acesso aos pedidos e respetivas respostas”.
“O uso do fogo encontra-se associado a várias práticas agrícolas e florestais, no entanto, são vários os casos em que estas atividades se descontrolam e originam grandes incêndios com graves consequências ecológicas e socioeconómicas”, revelou o ICNF, em comunicado, indicando que cerca de 98% dos incêndios em Portugal continental com causa humana são resultado de queimas e queimadas.
Neste sentido, a nova aplicação vem dar resposta à “urgente” necessidade de “alteração de comportamentos na sociedade de modo a que possam ser realizadas as mesmas práticas, mas com um menor risco, ou seja, com uma menor probabilidade de originar incêndios rurais”.
O novo sistema vai dispor ainda de uma linha de apoio para “tirar dúvidas e ajudar a efetuar o registo na aplicação”, através do número 808 200 520, que está associado à Linha SOS Ambiente e Território da GNR e que tem o custo de uma chamada local e funciona todos os dias, das 08:00 às 21:00, informou o instituto, referindo que, neste âmbito, foi estabelecido um protocolo entre o ICNF e a ANMP.
A aplicação encontra-se disponível no ‘link’ https://fogos.icnf.pt/InfoQueimasQueimadas/.
Desde 02 de abril até 27 de maio deste ano foram elaborados 956 autos de contraordenação por queimas e queimadas, indicou fonte do Ministério da Administração Interna (MAI), em resposta à Lusa, em 01 de junho.
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