O ministro das Finanças afirmou hoje, em Bruxelas, que a venda do Novo Banco avança “com bastante intensidade”, mas escusou-se a fixar uma data limite para a sua conclusão, algo que “nunca é bom nem saudável” num processo negocial.
O secretário-geral do PCP mostrou-se hoje contra a nacionalização temporária do Novo Banco e as Parcerias Público-Privadas (PPP), nomeadamente no setor da saúde, após um encontro com a Confederação Nacional da Agricultura, na sede nacional de Lisboa.
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defende uma nacionalização do Novo Banco, mesmo que um candidato deixe de exigir garantias públicas, mas não exige que seja permanente, nem considera ser razão para o Governo cair.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) chamou o Novo Banco a participar numa mediação extrajudicial com os emigrantes que investiram em produtos do BES e cujas poupanças foram perdidas, disse a associação que representa estes clientes à Lusa.
Quase 500 clientes lesados pelo papel comercial vendido aos balcões do BES colocaram uma providência cautelar para impedir que o Banco de Portugal possa vender o Novo Banco de forma fracionada, considerando que ficariam prejudicados no reembolso dos seus créditos.
O líder do PSD recusou hoje a nacionalização de qualquer banco “nem por 15 dias nem por três meses”, lembrando o caso do BPN, que é “uma casquinha de noz ao lado do Novo Banco”.
O porta-voz do PS garantiu esta quinta-feira que o partido não tem uma posição dogmática sobre a solução para o Novo Banco, apenas defende a que for melhor, enquanto o CDS criticou a "estratégia suicida" do Governo.
O BE e o PCP sustentaram hoje, embora em vertentes diferentes, que o Novo Banco deve ser de domínio público, com o PSD a criticar o Governo e a dizer que já viu este "filme".
O Tribunal de Braga condenou Domingos Névoa a pagar ao Novo Banco 2,7 milhões de euros por um crédito contraído ao BES, mas o empresário recusa-se a pagar alegando ter aplicado esse valor no Banque Privée Espírito Santo.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, disse numa entrevista à Reuters que a extinção do Novo Banco “está fora de causa”, mas admite uma nacionalização, embora sublinhe que “o foco é claramente o processo de venda”.
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) juntou-se às vozes que apelam à "nacionalização transitória" do Novo Banco, considerando que a entidade não deve ser alvo de uma "venda precipitada" ou de um "desmembramento".
O secretário-geral do PCP disse hoje que o processo do Novo Banco "corre neste momento o sério risco de se traduzir num processo de contornos iguais ao BPN" e defendeu o "controlo público da banca".
O presidente do PS, Carlos César, considera as propostas de compra do Novo Banco “vexatórias” e que este processo de venda se tem revelado um “fiasco”, admitindo a hipótese da nacionalização do banco como “uma etapa” para a reprivatização.
O Partido Comunista Português (PCP) vai propor para agendamento um projeto de resolução pedindo a manutenção do Novo Banco na esfera pública, texto que vem de fevereiro de 2016 e que a atualidade exige agora que chegue a debate.
A ministra da Presidência afirmou hoje que uma eventual nacionalização do Novo Banco não foi discutida em Conselho de Ministros, considerando que as negociações para venda "não devem ser tidas em público”.
O Governo garantiu esta quinta-feira que a venda do Novo Banco a privados não terá impacto nas contas públicas ou encargos para os contribuintes e acautelará a estabilidade do sistema financeiro, um dia depois de ser anunciado que a Lone Star é a mais bem colocada.
O vice-presidente do PSD Marco António Costa disse hoje que o partido apenas falará sobre a compra do Novo Banco depois de o Governo se pronunciar oficialmente e não se precipitará em comentários sobre decisões que podem ser alteradas.
O grupo de trabalho dos lesados do papel comercial do BES reúne-se hoje para operacionalizar o mecanismo para compensar aqueles clientes, na primeira reunião depois do anúncio público de solução, com a presença do primeiro-ministro.
O Banco de Portugal informou esta quarta-feira, 4 de janeiro, através de comunicado, que a Lone Star é "a entidade mais bem colocada para finalizar com sucesso o processo negocial" do Novo Banco.
O Presidente da República considerou hoje, questionado sobre o processo de venda do Novo Banco e sobre a possibilidade de o Governo optar pela sua nacionalização, que "é prematura uma opinião" e que se deve "esperar para ver".
O ex-coordenador do Bloco de Esquerda Francisco Louçã escreveu uma carta ao Governo e um artigo de opinião para defender que o Novo Banco deve manter-se na esfera pública, mas não integrado na Caixa Geral de Depósitos.
O Novo Banco antecipou o pagamento de uma emissão de 700 milhões de euros de obrigações sénior com garantia do Estado, depois de ter antecipado outros 1.000 milhões de euros em novembro, avançou hoje à Lusa fonte do banco.
Os bancos controlados por investidores estrangeiros ou em que o capital estrangeiro é preponderante representam quase metade do sistema bancário português, quer em ativos quer em passivos, segundo cálculos feitos pela Lusa com dados da APB.
O presidente da Associação Portuguesa dos Bancos (APB), Faria de Oliveira, admitiu hoje, no Porto, que a venda do Novo Banco é "um processo difícil" mas considerou "de toda a conveniência" finalizar a negociação até final do ano.