Os Centros de Saúde do concelho de Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, foram reforçados com seis médicos de família, o que permite abranger 95% dos utentes inscritos, divulgou hoje a Câmara Municipal.
Os médicos de Medicina Geral e Familiar estão "muito preocupados" com o impacto que a paragem durante três meses das consultas e dos tratamentos devido à pandemia de covid-19 pode ter nos doentes crónicos que carecem de um "acompanhamento permanente e cuidadoso".
O primeiro-ministro afirmou hoje que, se todos os concursos em marcha forem concluídos e se a totalidade das verbas forem preenchidas, a atual legislatura vai terminar com 97% dos portugueses com médico de família assegurado.
O Observatório Português dos Sistemas de Saúde quer que os utentes sem médico de família ou equipa de saúde atribuída sejam considerados uma prioridade para “evitar uma dupla penalização” e não agravar desigualdades.
O Ministério da Saúde estima que no final deste ano desça para 4% a percentagem de portugueses sem médico de família e prevê ter 532 unidades de saúde familiar até ao fim de 2018.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde assume que não dorme descansado por saber que cerca de 700.000 portugueses não têm médico de família, mas recorda que há dois anos eram 1,2 milhões de utentes nesta situação.
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) disse hoje que 96% dos médicos de família não têm meios necessários para a emissão do atestado para carta de condução por via eletrónica.
Os médicos de família apresentam hoje uma proposta para que as listas de utentes passem a ter em conta as dificuldades de acesso a serviços de saúde em cada município, sugerindo listas que vão de 800 até 1.800 doentes.