O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares defendeu hoje que a requisição civil no caso da greve dos enfermeiros deve ser aplicada apenas nos hospitais onde não estejam a ser cumpridos os serviços mínimos.
O PS vai iniciar um processo de diálogo com outras forças políticas para a apresentação de um projeto que proíba contribuições monetárias anónimas no "crowdfunding", plataforma que está a financiar as chamadas "greves cirúrgicas" dos enfermeiros.
A diretora clínica do Centro Hospitalar Tondela Viseu, Helena Pinho, lamentou hoje que não estejam a ser cumpridos os serviços mínimos da greve dos enfermeiros, o que está a obrigar ao adiamento de cirurgias que se deviam realizar.
Os enfermeiros dizem que há administrações hospitalares a agendarem cirurgias para a totalidade das salas operatórias, como se não houvesse greve, para dar argumentos ao Governo para que possa avançar para a requisição civil.
O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo tomará todas as medidas "legalmente adequadas" para proteger os direitos dos doentes e acusou alguns sindicatos dos enfermeiros de terem uma conduta cruel em relação aos doentes.
O diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário do Porto disse hoje à Lusa que os enfermeiros não cumpriram os serviços mínimos decretados para a greve, tendo sido operados apenas cinco dos 26 doentes considerados como “prioritários”.
A UGT criticou hoje as recentes declarações da ministra da Saúde e do primeiro-ministro a propósito da paralisação dos enfermeiros, considerando-as como um ataque ao direito à greve.
A Ordem dos Médicos considera que o novo acórdão do tribunal arbitral sobre os serviços mínimos decretados para a greve dos enfermeiros é “uma evolução” ao acautelar mais situações, mas tem dúvidas se será suficiente.
O Ministério da Saúde reiterou hoje que os sete centros hospitalares afetados pela greve cirúrgica estão a cumprir os procedimentos estabelecidos pelo Acórdão do Tribunal Arbitral, relativos aos serviços mínimos, rejeitando qualquer suspeição de “boicote à greve”.
A Ordem dos Enfermeiros considerou esta terça-feira que a suspensão de relações institucionais decidida pelo secretário de Estado da Saúde “confirma a má vontade do Governo” para com estes profissionais.
A greve dos enfermeiros, que decorre nos blocos operatórios de hospitais públicos desde 31 de janeiro, levou ao adiamento nos dois primeiros dias de 645 cirurgias, 57% das 1.133 previstas, anunciou hoje o Ministério da Saúde em comunicado.
A requisição civil, instrumento que está na lei desde 1974, só deve ser usada em “circunstâncias particularmente graves", tendo de ser decidida em Conselho de Ministros e efetivada por portaria.
O Presidente da República fez hoje um apelo genérico a que se pese o custo social das paralisações, sobretudo quando são muito longas, depois de questionado sobre a nova greve dos enfermeiros, que recusou comentar em concreto.
O primeiro-ministro, António Costa, classificou hoje as greves cirúrgicas dos enfermeiros como "selvagens" e "absolutamente ilegais", prometendo usar todos ao alcance do governo para travar as ilegalidades nas paralisações.
A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) considerou hoje que a possibilidade de o Governo avançar com a requisição civil para travar a greve cirúrgica dos enfermeiros é “ameaça ou coação” para tentar desmobilizar, admitindo prolongar a luta.
O presidente do PSD apelou hoje a um esforço por parte do Governo e dos enfermeiros para alcançarem um acordo porque "ambos têm razão", pois, no fim, quem acaba por sofrer o impacto das greves são os doentes.
A greve dos enfermeiros nos blocos cirúrgicos que começou hoje obrigou ao adiamento de pelo menos 261 cirurgias marcadas para o período da manhã em cinco hospitais da região Norte, disse à Lusa fonte sindical.
O Ministério da Saúde (MS) esclareceu hoje, em resposta enviada à Lusa, que a requisição civil é uma das possibilidades a ser avaliada como forma de travar a greve cirúrgica dos enfermeiros.
Pelo menos 500 cirurgias consideradas prioritárias ou muito prioritárias foram adiadas devido à primeira greve dos enfermeiros em blocos operatórios, segundo dados de dois hospitais onde decorreu a paralisação que terminou em dezembro de 2018.
A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) rejeitou hoje que as suas reivindicações ponham em causa a sustentabilidade dos serviços públicos, afirmando que isso já acontece "há muitos anos" com a má gestão que tem sido feita.
O Hospital Garcia de Orta, em Almada, no distrito de Setúbal, registou hoje uma adesão de 100% à greve dos enfermeiros, estando assegurados apenas os serviços mínimos, informou fonte sindical.
A greve de enfermeiros está a provocar hoje o cancelamento e adiamento de cirurgias programadas e consultas nos hospitais e centros de saúde do Algarve, disse à agência Lusa fonte sindical.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) exigiu hoje, no Porto, que a tutela "acelere as negociações", apontando para uma adesão à greve na zona Norte a rondar os 55%, número que diz espelhar "cansaço e desespero".
Cerca de 30% do total de cirurgias canceladas devido à greve dos enfermeiros no final do ano passado já foram realizadas até meados deste mês e todas no Serviço Nacional de Saúde, segundo os dados oficiais.